Ao Pôr do Sol (Finalizada)

SETE – Anos depois - Parte 1

Um dia quando olhares para trás verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste."


Lá estava eu mais uma vez, sentada no sofá com um balde de pipoca e vendo um filme ‘um amor pra recordar’...opa; Meio retrogrado isso, ein? Mas era a pura verdade. Eu estava vendo esse mesmo filme, no mesmo sofá, só que invés de estar sozinha e depressiva eu estava acompanhada e feliz. Eu estava com meus melhores amigos, Mel e Mica, e Sophia e Chay. Você deve estar se perguntando ‘Sophia?’. Pois eu digo ela mesma Sophia Abrahão, descobri que ela é uma ótima pessoa e que só tinha feito aquilo por ciúmes, pra quem não sabia que fique sabendo ela gosta do Chay e não do Arthur. E onde o Arthur entra nesta história? Bom ele entra ao meu lado, como nunca devia ter deixado de ser. 

- Pensando no que, olhos lindos? – Arthur me perguntou quando percebeu que eu não prestava atenção no filme


- Estava pensando que há dois anos eu estava pensando que estava louca, apaixonada por duas pessoas – eu disse sorrindo

- E eu pensando que olhos lindos podiam ser um mal de toda brasileira – ele disse rindo

- Se bem que não estava totalmente errado – eu disse

- Mas ainda prefiro os seus – ele disse me beijando, era tão bom como da primeira vez em que ele me beijara

- Acho que meu drama amoroso acabou mesmo – eu disse rindo





- Sabe que não? Quero ainda viver muitos dramas amorosos com você – ele disse

- Eu não, prefiro viver por toda eternidade ao seu lado – eu disse o olhando

- Se isso for possível viveremos, porque enquanto o pôr do sol nos guiar o nosso amor estará intacto e não importa o tempo, a distancia, ou as dificuldades. Nós sempre nos encontraremos, Ao pôr do Sol. - e ele selou mais uma vez nossos lábios


FIM


SEIS – O segundo pôr do sol - Parte 1

“O pôr do sol foi nosso guia para amar, agora juntos nós formamos o Luar”

Eu fui pra debaixo da laranjeira no parque que tinha perto da minha casa. Não era a mesma coisa que da casa da minha avó, mas me trazia as mesmas lembranças. Eu já não sabia o que eu realmente gostava, eu não sabia quem eu realmente amava. O meu pensamento nos últimos dias era o mesmo... Arthur ou o cara do pôr do sol? Quem eu realmente amo? Se é que eu amo alguém? Eu estou confusa e perdida, como todos os dias desde que Arthur chegou à cidade.

- A Lua olhando o pôr do sol? Isso é raro de se ver. – a voz dele empesteou meus ouvidos e arrepiou minha nu
ca 

- O que você está fazendo aqui? – perguntei assustada


- Tive uma ligeira impressão de que você estaria por aqui – ele disse sorrindo


- E porque esta repentina impressão, Arthur? – eu disse não acreditando no que via


- Porque eu venho aqui todo o dia desde que cheguei nesta cidade – ele disse agora sério, mas porque ele viria neste parque, justo neste parque?


- Tem tanto parque na cidade porque você tem que vir nesse? – perguntei 

- Porque me trás como lembrança uma certa menina que conheci ao por do sol e nunca mais há vi. – ele disse olhando no fundo dos meus olhos, eu gelei.


- Menina do por do sol? – eu estava assustada, aquilo não podia ser verdade, ou podia?


- É, uma menina de olhos lindos e encantadores, a quem eu jurei amor eterno debaixo de uma laranjeira. Você a conhece? – ele estava sorrindo aquele sorriso lindo que me encantava, parece que eu estava voltando no tempo, o reconheci, sim era ele não havia dúvidas.


- Conheço sim, melhor do que ninguém. Mas ela está perguntando se você já sabia que ela era a menina do pôr do sol – eu disse ainda encantada

- Não. Mas horas atrás eu saquei tudo. E também teve uma ajudinha da Mel e da Soph. Eu achava que ela viria aqui também e estava certo. – ele disse me fitando com os seus lindos olhos cor de chocolate


- Os seus olhos não mudaram nada – eu disse o observando


- E os seus continuam lindos, assim como desde a primeira vez que te vi – ele disse


- Acho que o mistério está resolvido – eu disse 


- E o sol já vai se por novamente, e debaixo de outra laranjeira nós descobrimos que nunca deixamos de nos amar – ele disse sorrindo


- E que eu não sou louca de amar duas pessoas diferentes, mas sim uma só. E que pessoa! – eu disse rindo

- Eu te amarei eternamente – ele disse pondo a mão no meu rosto

- Eu nunca deixei de te amar e nunca deixarei, nosso amor é infinito. Nada o destrói – eu disse e uma lágrima solitária caiu de meus olhos

- Você me ama? – ele fez a pergunta que eu reconheci ser minha há tempos atrás e eu dei a mesma resposta que ele havia me dado. Selei nossos lábios quando o sol estava se pondo, numa incrível mágica natural.



- Eu amo te amar – ele disse rindo e o céu que antes estava alaranjado agora já estava praticamente negro, com a lua brilhando mais uma vez nele.

- Idem – foi a única coisa que eu disse antes de nos beijarmos novamente, um beijo cheio de desejo, paixão e principalmente alivio, alivio de poder amar sem culpa, alivio de ser amada, e alivio do sol ter se posto mais uma vez da mesma maneira de anos atrás, os guiando para um conto de fadas só deles e que tinha um final feliz.

CINCO – Solução? - Parte 4

Eu e Chay chegamos na casa da Mel rindo e a própria abriu a porta abraçada com o Mica. Meu susto foi total.


- Mel e Mica? Tá rolando alguma coisa que eu não sei? – eu estava assustada e rindo de mim mesma


- Não está na cara? – Mel disse sorrindo


- Está, mas eu queria ouvir da sua boca – eu disse


- Ok, eu e o Mica estamos namorando – ela disse olhando pro Mica


- Nossa, porque será eu não fiquei surpresa? – eu disse irônica


- Vão ficar na porta? – pela primeira vez o Mica se meteu na conversa e pude ver sua cara envergonhada


- Nós vamos entrar sim, mulheres são difíceis de entender...meu Deus – Chay disse me puxando pra dentro


- Nós mulheres, né? Vocês homens são bem fáceis. – eu disse irônica enquanto sentávamos no sofá


- Somos sim, vocês que gostam de complicar – ouvi a voz de longe, tinha que ser ele


- Nós complicamos? Vocês são um livro aberto com toda certeza – eu disse me virando pra ver o Arthur descer as escadas de levavam ao andar de cima


- E não somos? Se vocês não entendem o que posso fazer? – ele tinha mágoa na voz


- Ainda nos chama de burras? – eu me irritei


- Se a carapuça serve... – pronto começou a frase feita, tinha que ser esse idiota


- Quer saber? O Chay tinha razão, não devíamos ter vindo – eu disse me levantando


- Chay tinha razão? Então vocês já estavam juntos antes de virem aqui? – Arthur disse explodindo de raiva na hora que a Sophia descia ao encontro deles


- Qual é o problema? A Sophia não vive com você agora? – eu estava tão irritada que não reparei que nós dois estávamos 
praticamente no meio da sala gritando um com o outro, enquanto nossa platéia assistia boquiabertos.


- Ela não vive comigo, é minha amiga – ele disse como se fosse a coisa mais simples do mundo


- Amizade colorida? – eu fui irônica e ele percebeu


- Igual a que você e o Chay tem? – ele devolveu a ironia, ah esse garoto ta mexendo com a pessoa errada


- E se for? – eu ameacei e o rosto dele começou a ficar mais vermelho se é que isso era possível 


- Então verdade? – ele disse olhando nos meus olhos


- Claro que não. Mas mesmo se fosse não seria da sua conta – eu disse desviando o olhar


- Não seria mesmo. Até porque não temos nada – a tristeza em sua voz era aparente


- O que é uma pena – Mel se intrometeu


- Como? – eu e o Arthur estávamos confusos


- Todo mundo vê que vocês se gostam menos vocês mesmos. – Mel disse sorrindo


- Não tem nada disso, Mel. Você está meio pirada ultimamente – eu disse rindo fraco


- Eu que estou pirada? – Mel estava incrédula


- Lógico, você adora ver coisa onde não tem – Arthur disse emburrado


- Então eu sou pirada. Vocês ficam no meio da sala, brigando um com o outro por ciúmes e a pirada sou eu. – Mel disse irônica


- Quem está com ciúmes? – eu e Arthur dissemos ao mesmo tempo


- Vovó Mafalda – Sophia se intrometeu usando uma ironia


- Quem pediu sua opinião? - fui grossa mesmo e daí?


- Não fala assim com a Soph – Arthur estava com raiva


- Ela fala do jeito que ela quiser – Chay me defendeu


- Defendendo ela? – Sophia disse irritada


- E se for o que você tem haver com isso? – Chay retrucou


- Não fala assim com a Soph – Arthur disse sério pra Chay


- Então também não fale desse jeito com a Lua – Chay devolveu


- CHEGA! – Micael se pronunciou pela primeira vez


- Que foi? – nós quatro dissemos juntos e com raiva


CINCO – Solução? - Parte 3

- Fala logo, minha filha! – ele disse curioso


- SIM, fizemos a parada Ok? Fizemos! AFF – eu disse praticamente gritando


- Não acredito! Caraca, você tudo bem, mas o Arthur... – ele estava boquiaberto


- Chay! Eu tudo bem? Tá me chamando de que? – perguntei nervosa


- Nada, Lua. Não me entenda mal é que... – ele tentou se explicar e eu ri


- Tava brincando, eu entendi – eu disse rindo


- Você estava zoando comigo? – ele perguntou incrédulo enquanto eu ainda gargalhava


- Um pouco – eu disse já chorando de rir


- Miojinho chata – ele fez bico


- Falando sério agora, vamos ver a Mel? – perguntei


- Pra correr o risco de encontrar com a Sophia? Não sei se é uma boa idéia – ele disse cabisbaixo


- Porque a Sophia vai estar lá? – eu perguntei curiosa


- Então você não sabe? – Chay me perguntou


- O que eu não sei ? – estava começando a me assustar


- A Sophia ta passando uma temporada lá na casa da Mel e do Artur... – eu quase tive um treco com o que ele acabou de falar


- Posso saber o porque? – eu estava irritada


- Sei lá. Parece que os pais dela tiveram que viajar pra ver a avó da Sophia que estava mal.. uma coisa dessas – ele disse 


- Pois então agora mesmo que nós vamos. Vamos ver a Mel e não esses dois ai – eu disse decidida


- Lua, acho que não é uma boa idéia – Chay disse ponderando


- Porque não? Eu sou amiga da Mel e você também, além do que você também é amigo do Arthur. E a Sophia é só ignorar – eu disse simples


- Falar é fácil. Quero ver na hora da ação – ele disse pensativo


- Ação a gente faz na hora – eu disse decidida


- Mas, Lu... – Chay começou


- Vai comigo ou eu vou ter que ir sozinha? – perguntei irritada


- Eu vou com você, mesmo achando uma péssima idéia – ele disse sorrindo


CINCO – Solução? - Parte 2

- O que vocês fizeram, Lua? Caraca, o que você fez com o Arthur? – Chay estava espantado

- O que eu fiz com ele? Como assim? – eu perguntei não entendendo

- Lua, você não entende? O Arthur nunca quis saber de garota nenhuma desde que nunca mais viu a ‘garota dos olhos lindos e misteriosos’ – Chay disse me explicando

- Que garota foi essa? - eu perguntei querendo saber mais


- Na verdade, ninguém sabe direito. Arthur sempre foi um cara reservado que guarda seus sentimentos pra ele. Ele só falou dessa garota uma vez, ele não é do tipo de cara que fala dos seus lances amorosos. – Chay disse

- Porque ele falou dessa garota, então? – eu queria saber cada vez mais

- Ele só falou dessa garota porque surgiu um boato de que ele era gay, porque ele não pegava nenhuma menina e muito menos dava bola pra alguma – Chay riu

- Mas ele ainda é apaixonado por essa menina? – eu perguntei



- Tenho praticamente 99 % de certeza – Chay disse

- Porque sobra 1%? – eu perguntei

- Esse 1% é você – ele disse como se fosse simples

- Eu? – eu estava surpresa

- Você. Nenhuma garota havia mexido com ele a não ser aquela. Mas se você tem esse poder é porque ele não é tão apaixonado assim pela outra garota. – ele disse dando de ombros 

- Acho que ele é sim – eu disse cabisbaixa



- Mas a final, o que aconteceu entre vocês ontem? – Chay perguntou

- Não vou falar sobre isso com você, Chay – eu estava com vergonha e ele percebeu

-Porque não? Não me diga que vocês ... – ele fazia gestos com a mão que me dava vontade de rir

- Chay, pelo amor de Deus! – eu ria de nervoso

- Caraca, você fizeram mesmo, minha filha? – ele estava perplexo



- Fizemos a parada? – eu estava tentando ser sutil

- É a parada...aquela parada... – ele dizia me incentivando

- A parada? Nós ...a parada ... – eu estava sem graça 

- É Lua! Fizeram ou não? – Chay estava curioso e ansioso

- Ai, você é muito insistente! – eu estava desesperada


CINCO – Solução? - Parte 1

“É quando nenhuma solução parece possível, que se chega a novas soluções.” (Edgar Morin)


Desde que o Arthur voltou à cidade, que confusão me define. Ou ele tem o dom de me deixar confusa, ou a confusão está em mim. Eu não o entendo, e ele não me entende. Seu coração já pertence a alguém e o meu também. A vida deve estar querendo pregar uma peça na gente, só pode! Eu tenho certeza que na outra encarnação eu não joguei chiclete na cruz, ou joguei? Ok, eu nunca fui nem obediente, nem a pessoa mais compreensiva do mundo, mas minha vida que já estava nublada, agora virou escuridão total. 


- Lua, o Chay está aqui! – minha mãe gritou lá de baixo


- Manda subir! – eu gritei de volta e logo depois o Chay estava adentrando o meu quarto


- Então a noite foi boa? – perguntei assim que terminei de abraçar ele


- Mais ou menos – ele disse um cabisbaixo


- Como assim mais ou menos? – perguntei 


- Não foi bem o que eu esperava, sabe? Poxa, eu pensava que ela gostava de mim, mas pelo visto ... – ele estava triste e eu com pena


- Eu acho que ela gosta de você – eu disse sorrindo


- Gosta nada. Ela teve a coragem de olhar na minha cara e dizer que gosta do Arthur – ele me olhou, e em seu olhar havia tristeza e principalmente raiva muita raiva


- Ela e o Arthur não tem nada haver... Eu acho que ela está mentindo pra você – eu disse não conseguindo pensar na possibilidade do Arthur e da Sophia juntos


- Não tem nada haver... – ele parou pensando 


- Chay? – eu abanei a mão na frente dele o despertando de seus pensamentos


- Aconteceu alguma coisa entre você e o Arthur? – Chay perguntou com meio sorriso, um meio sorriso malicioso


- Eu e o Arthur? Até parece ... – eu estava rindo nervosa e isso me denunciou por completo


QUATRO – Tudo pode acontecer - Parte 3

Quando a música acabou, nós nos olhávamos fixamente, e o resto foi inevitável, ele foi chegando perto, e finalmente selou seus lábios nos meus. Sua língua pediu passagem e eu permiti. Eu não pensava em nada mais só me deixava levar, o beijo era necessitado e furioso, mas não durou muito tempo até que parássemos para pegar fôlego.

- Vem, eu vou te mostrar um lugar – ele me puxou pra um quartinho escondido na boate e começou a me beijar

- Não, para. Isso não é certo – eu o empurrei 

- Porque não? – ele estava incrédulo

- Porque eu...eu já tenho um amor – eu disse finalmente e ele não ficou surpreso


- Pois eu também tenho. Mas a atração nossa é muito forte, eu não consigo evitar – ele disse chegando perto e tirando toda a sanidade que havia em mim, ele me jogou na cama desconfortável o apertado quartinho e eu podia perceber sua excitação. Ele passava a mão por todo meu corpo por debaixo do vestido, chegando na minha intimidade e a acariciando, enquanto distribuía beijos pelo meu pescoço. Tirei sua camisa, enquanto ele tirava o meu vestido com um puxão só. Ele estava só de cueca e eu completamente nua, ele estava em vantagem. O beijei mais uma vez com fervor antes dele começar a passar a língua em minha intimidade, ele foi estimulando, entrando e saindo com a língua me deixando completamente louca agarrando seus cabelos, eu forçava com as mãos a cabeça dele pra ele ir mais fundo. Ele ficou no vai e vem até chegar no meu primeiro orgasmo. Eu estava louca de tesão e ele também. 

- Arthur....eu preciso de você...por favor



Foi então que ele tirou a cueca liberando seu grosso membro completamente ereto. Então ele me penetrou, o vai e vem era frenético, e eu queria mais, muito mais. A gente se mexia juntos, suados num cubículo de quarto completamente excitante, sim agora eu estava no paraíso. O clímax chegou e eu estava suada na micro cama ao lado dele. Eu não sabia se eu ficava satisfeita ou arrependida.

- Não sei se a gente deveria ter feito isso – eu falei cansada

- Agora já está feito, não dá pra voltar atrás – ele disse fechando os olhos 



- Mesmo assim. O negócio é não fazer mais isso, nunca mais – eu disse pegando as minhas roupas jogadas pelo quarto e as colocando de volta em meu corpo

- Porque? Foi ruim? – ele perguntou incrédulo também colocando suas roupas

- É justamente por isso! – eu disse exasperada

- Então foi ruim – ele estava triste agora e isso doeu em meu peito

- Não, não porque foi ruim. Porque foi bom, bom até demais – eu estava nervosa, confusa comigo e meus sentimentos. Já não sabia mais o que eu queria.

- Agora que eu não estou entendendo nada mesmo – ele disse com cara de interrogação





- Está confuso, não está? Imagine eu... Primeiro eu me apaixono por um cara que mal conheço, fico anos e anos sofrendo por ele. Ai você aparece. – eu disse não conseguindo conter as palavras

- Eu apareço e...? – ele disse me incentivando a continuar

- E deixa tudo de cabeça pra baixo. Minha vida virou uma confusão de sentimentos e sinceramente, eu não sei qual é o certo. – eu disse

- Eu também me apaixonei por uma garota, mas eu nunca mais a vi. E tudo por culpa minha e dos meus pais. – ele disse triste e sincero

- E ? – eu queria saber mais, quem seria essa garota?

- E eu nunca mais gostei de alguém como gostava dela, nunca fiquei com ninguém a não ser ela. Até você conhecer você. – ele disse simples e objetivo

- Eu? – estava surpresa, então ele estava tão confuso quanto eu

- Você deixou minha cabeça e meu coração virados, eu não sei mais o que é amar. Eu não sei mais se eu realmente amei. Seus olhos, são tão lindos, tão misteriosos e por um momento... – ele se calou 

- Continua – eu precisava saber, mas ele achava que não.

- Esquece, não foi nada – ele forçou um sorriso

- Claro que foi alguma coisa, pode falar – eu disse curiosa

- Sabe, Lua. Não quero falar, não quero me iludir por uma impossibilidade. Acho melhor esquecermos o que aconteceu hoje. – ele disse triste dando um beijo na minha testa e saindo me deixando sozinha naquele quarto parada e pensativa, ai tem.
Ele me conduzia e eu era levada por ele. Aquela sensação gostosa, eu não sabia o que estava sentindo a única certeza é de que era bom, muito bom.





She's got eyes of the bluest skies
As if they thought of rain
I hate to look into those eyes
And see an ounce of pain

Her hair reminds me of a warm safe place
Where as a child I'd hide
And pray for the thunder
And the rain
To quietly pass me by

Ela tem os olhos como os céus mais azuis
Como se eles pensassem em chuva
Detesto olhar para dentro daqueles olhos
E enxergar o mínimo que seja de dor

Seu cabelo me lembra um lugar quente e seguro
Onde, quando criança, eu me esconderia
E rezaria para que o trovão
E a chuva
Passassem quietos por mim

O resto do mundo ficou surdo nos braços de Arthur, a única coisa que me importa é escutar a música estando nos braços dele, acho que é o caminho perfeito para o paraíso.
Oh, oh, oh
Sweet child o' mine
Oh, oh, oh, oh
Sweet love of mine

Oh, oh, oh, oh
Sweet child o' mine
Uh, uh, uh, uh
Sweet love of mine

Where do we go
Where do we go now
Where do we go
Where do we go
Where do we go now
Where do we go now
Where do we go
Where do we go now
Where do we go now
Where do we go
Where do we go now
Where do we go
Where do we go now
Where do we go
Where do we go now

Sweet child
Sweet child o' mine 


Oh, oh, oh
Minha doce criança
Oh, oh, oh, oh
Meu doce amor

Oh, oh, oh, oh
Minha doce criança
Uh, uh, uh, uh
Meu doce amor

Para onde vamos
Para onde vamos agora
Para onde vamos
Para onde vamos
Para onde vamos agora
Para onde vamos agora
Para onde vamos
Para onde vamos agora
Para onde vamos agora
Para onde vamos
Para onde vamos agora
Para onde vamos
Para onde vamos agora
Para onde vamos
Para onde vamos agora

Doce criança
Minha doce criança



QUATRO – Tudo pode acontecer - Parte 1


“O amor é como fogo: para que dure é preciso alimentá-lo.”
Já estávamos na balada, o som tocava e a música era contagiante, eu e Chay estávamos em um canto enquanto Sophia e Arthur dançavam.

- Odiar dançar é um problema – Chay disse triste enquanto olhava Sophia e Arthur dançando

- Se é... – eu disse encostando o cabeça no ombro de Chay enquanto Sophia e Arthur vinham em nossa direção e eu ouvia a conversa de longe

- Vou no banheiro, pega uma bebida pra mim? – ela disse parando

- Pego sim – ele disse vindo em nossa direção enquanto ela ia para o banheiro



- Lua, já volto – Chay disse me dando um beijo na testa e saindo me deixando sozinha enquanto Arthur vinha na minha direção

- Você e o Chay, ein? – Arthur disse assim que chegou na minha frente, irônico como sempre

- Eu e o Chay nada, somos bons amigos. Não se diz o mesmo de você e da Sophia

- Eu e a Sophia somos somente amigos – ele disse 

- Eu não tenho nada haver com isso – eu disse o olhando



- Você nunca baixa a guarda? – ele disse irritado

- Só quando me convém – a resposta parecia boa, mas não quando começou a tocar aquela música, que penetrou em meus ouvidos e nos dele também, e aquela música... era a que eu ouvia há anos, a minha música perfeita, não deu pra resistir ele e puxou pra pista e eu me deixei ser puxada, a única coisa que eu ouvia era o som da música e mais nada









She's got a smile that it seems to me
Reminds me of childhood memories
Where everything
Was as fresh as the bright blue sky

“Ela tem um sorriso que me parece
Trazer a tona recordações da infancia
Onde tudo era
Fresco como o límpido céu azul’

Eu me deixava levar pela música, eu me deixava levar pelo Arthur, pelo desejo, pela paixão que eu sentia por ele.








Now and then when I see her face
She takes me away to that special place
And if I stare too long
I'll probably break down and cry

Oh, oh, oh
Sweet child o' mine
Oh, oh, oh, oh
Sweet love of mine

Às vezes quando olho seu rosto
Ela me leva para aquele lugar especial
E se eu fixasse meu olhar por muito tempo
Provavelmente perderia o controle e começaria a chorar


Oh, oh, oh
Minha doce criança
Oh, oh, oh, oh
Meu doce amor



TRÊS – A Semelhança - Parte 4

- E o que importa? – ele estava chateado

- Acho que nada – eu disse finalmente

- Você gosta dele? – Chay repetiu a minha pergunta e eu ri internamente

- Eu já não sei mais do que ou de quem gosto – eu estava confusa era a mais pura verdade

- Sabe, Lua. Acho que esse é o começo de uma bela amizade – Chay sorria

- Também acho – eu abracei ele sorrindo

- Atrapalho? – disse uma voz irritada



- Claro, que não brother – Chay disse vendo a cara emburrada de Arthur

- Até porque vocês estavam muito bem lá no canto, escondidinhos – eu disse não resistindo a ironia

- E vocês muito bem ai, abraçadinhos – Arthur devolveu e eu fiquei de pé o olhando de cara amarrada

- Algo contra? – nós nos encarávamos com raiva, ódio e desejo



- Nada contra, muito menos a favor. – era um jogo de olhares e parece que o Chay e a Sophia também se olhavam, mas ao contrário de nós não diziam nada

- Deixa, Lua. Discutir é pior. Até porque temos uma balada pra ir – Chay disse colocando a mão na minha cintura ele tava os chamando para o jogo

- Todos nós temos – Arthur colocou a mão na cintura da Sophia, e daí em diante, o jogo começa ... estou começando a gostar disso


TRÊS – A Semelhança - Parte 3

- Dizendo frase feita? 

- Pra você ver o quanto eu estou chateada 

- Porque eu atrapalhei o momento Love de vocês? 

- Quer saber, Mel? Vou falar como o Mica...estou com saudades dele – eu estava fugindo da pergunta, mas o que isso tem demais?

- Saudades do Mica? Porque? – ela estava com ciúmes, ponto pra mim

- Pode deixar que ele é todo seu, não vou tirar nenhum pedaço – eu disse sorrindo



- E quem disse que ele é meu? – ele estava nervosa, virei o jogo 

- Sua cara de ciúmes – disse saindo sorrindo, deixando uma Mel muito nervosa pra trás
Cheguei na sala e encontrei o Mica no sofá falando com o tal do Chay.

- Mica! – eu o chamei e pulei no seu colo

- Luinha, que saudades .. – ele me abraçou 

- Acho melhor você ir falar com a Mel no quarto, ela anda um pouco irritada – eu disse sorrindo e levantando do colo dele

- Tudo bem eu vou lá, Chay a gente se fala mais tarde – ele disse apertando a mão do Chay e me dando um beijo na bochecha antes de sair em direção ao quarto da Mel


TRÊS – A Semelhança - Parte 2

- Tá tudo bem, perae acho que tem um fio de cabelo no seu rosto – foi então que ele se aproximou e ficou a uma distancia perigosa de mim, ele pos a mão no meu rosto pra tirar o fio de cabelo, mas ele chegou perto demais

- Arthur, acho que esta distancia é um pouco perigosa – eu não sabia direito o que falava, as palavras saiam sem que eu percebesse

- E você não gosta de perigo? – seu rosto agora estava a centímetros do meu, eu podia sentir sua respiração e o ritmo das batidas do seu coração, e o pior eu estava gostando

- Perigo deveria ser meu nome do meio – foi ai que ele pos a mão em minha cintura e estava pronto pra me beijar se tudo fosse perfeito como um conto de fadas


- EU SABIA! – era a voz dela Melaine Aguiar, estava lá pra atrapalhar ou me salvar, ainda não sai qual é a palavra certa

- Sabia o que? – eu disse enquanto Arthur me soltou rapidamente quase me tombando no chão

- Que rolava química, vocês estavam quase se beijando e com o Arthur só de toalha... Eu não sabia que você ia levar a sério o negócio de ser minha cunhada, Lua – Mel falou sorrindo 

- Negócio de ser cunhada? – Arthur estava rindo e eu mais vermelha que um pimentão

- Coisas da cabeça da Mel, ela tem um celebro muito pequeno...deve ser de família. – eu disse empurrando a Mel em direção ao quarto dela sem olhar pra trás, mesmo querendo ver aquele corpo lindo mais uma vez



- MEL, você vive pra se fazer de boba ou você se faz de boba pra viver? – eu perguntei com raiva assim que fechei a porta do quarto dela

- Que? – ela fez cara de que não entendeu

- PQP, e ainda dizem que loira é que é burra. – eu estava chateada, por ela ter impedido o beijo e ainda ter falado merda depois

- Você está me chamando de burra? – Mel estava indignada

- Se a carapuça serve ...

TRÊS – A Semelhança - Parte 1

“É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado.“ (Madre Teresa de Caucutá)
Desde quando cheguei do aeroporto eu deitei na cama e fiquei pensando... Arthur, a semelhança dos olhos dele era incrível, e isso mexeu comigo, muito. Eu não sabia que tipo de sentimento é esse, mas eu não quero continuar a sentir. Levantei e fui para o banho, deixei cada gotícula de água escorrer pelo meu corpo como se fosse limpar toda minha raiva e minhas frustrações. Era como se a água me acalmasse, me fizesse esquecer um pouco dele. Mas agora tudo estava confuso, será que o garoto do pôr do sol não passou de uma mera paixão, ou o que eu estava sentindo por esse Arthur é só atração? O melhor agora é dá uma de Sócrates, só sei que nada sei. Nesse momento a minha frase é esta, apenas esta. 


Terminei o banho e olhei para o relógio e nele marcava 2Ohrs. Putz, eu estou atrasada. Coloquei a primeira roupa que veio na minha frente, peguei minha moto acelerei em direção a casa da Mel. 

Toquei a campainha, uma , duas, três vezes de vez. Com certeza eu não sou muito paciente. Quem me atendeu foi a loirinha, a tal de Sophia. Ela ia morar na casa da Mel agora?

- Ah, oi Lua. A Mel está te esperando e o Micael também. – ela disse abrindo a porta

- O Mica ta ai? E você o conhece? – eu estava curiosa e com um pouco, só um pouco de ciúmes



- Tá sim, eu o conheci agora ele é muito legal – ela disse sorrindo e logo fui andando em direção ao quarto da Mel, eu conhecia aquela casa como se fosse minha, andei, mas não consegui chegar ao meu destino. Fui atraída por uma criatura de toalha saindo do banheiro. Eu seguia o caminho que as gotículas de água faziam pelo seu corpo definido, e seus cabelos molhados o deixavam com um charme natural. Eu estava paralisada, sem fala e completamente hipnotizada.

- Lua?! – ele disse surpreso e envergonhado

- Err, des-cul-pa ... é que eu ia pro...pro..quarto da..da..Mel – eu estava gaguejando e não conseguia tirar os olhos dele, isso não era normal


DOIS – Olhos Cor De Chocolate - Parte 4

   - Nao endoidei nao, tô normal, como todos os
dias. Desembucha, por que tá triste ? - Nem eu mesma sabia ...
   - Não sei, nao estou triste. Tô normal
também. - Assim espero, nem eu tenho certeza que estou normal.
- Você acha que eu não vi que você atrapalhou o
Arthur e a Rayanna na porta da sua sala ? Eu ri tanto, você nao
tem noção. - Ela disse com um sorriso.
   - Nada a
ver, mas enfim, vamos comer ? - Disse tentando mudar de assunto.
   - Vamos,
mas depois é banheiro pra eu retocar minha maquiagem. - Disse toda
preocupadinha, ai Deus.
   - Ok
paty ! - Disse com um sorrisinho, logo depois abraçando-a.

Arthur POV


O dia passou mais ou menos rápido, quando eu dei conta já estava na hora da saída. Ok, atravessei o portão e vi
a Lua agachada pegando as chaves que tinham caído, fala sério, ela é linda demais. Pronto, agora se levantou pra 
procurar alguma coisa na bolsa gigante. Humpft, mulheres ¬¬. Hora de provocar Arthur
- Esperando por mim Luinha ? - Disse com irônia, falei bem pertinho do ouvido dela, senti que ela se arrepiou, ae
garoto !
- Você nunca cansa de sonhar, Thuthu? – ela disse debochada sem me olhar

- E você sempre foi selvagem ou adquiriu esse temperamento forte por falta de uns pegas – eu disse com uma cara 
maliciosa e ela olhou pra mim. Vermelha, mas de raiva
- Qual é Lua? Eu vi o clima que pintou entre vocês – Mel disse 

- Que clima, criatura? Eu não sou garota do tempo de telejornal pra saber de clima – eu estava nervosa e elas, isso mesmo elas perceberam

- Desculpa, me meter Lua. Mas concordo com a Mel, eu sou amiga do Arthur há muito tempo e sei muito bem quando uma garota meche com ele, aliás eu só vi isso uma vez. – Sophia disse suave

- Gente, eu acho que vocês estão meio que equivocadas – eu disse torcendo pra que elas se esquecessem daquele assunto



- Eu acho que você está cega. E o pior cego é aquele que não quer ver – Mel estava com cara de filosofa e eu quase, disse quase, cai no papo dela.

- Nossa, as frases feitas vieram com tudo hoje. Pena que eu odeio frase feita e nunca faço o que mandam. Por isso... fui! – me virei e não deixei nenhuma das duas falar só queria sair dali, eu estava confusa e a confusão é o primeiro passo para o amor e por isso meu medo.
- Não tente fugir, fazendo graça. Não vai conseguir – ele disse sério, às vezes parece que ele me entende melhor do que eu mesma

- Não estou fugindo de coisa alguma. Apenas do fato de eu estar aqui discutindo algo com uma pessoa que mal conheço. – eu disse exasperada, estava começando a ficar com medo

- Acho que você tem razão. Deve ser paranóia da minha cabeça. – ele disse soltando o meu braço e sorrindo forçado

- É, acho que deve ser. – eu disse quando finalmente o silêncio pousou em nossas cabeças

- Você quer ir lá em casa mais tarde? – ele perguntou inseguro

- Alguma comemoração em especial? – eu perguntei 

- Só a minha volta. Mas se você não quiser ir ... – ele começou a falar mas eu o interrompi

- Não, eu vou. – não sei o que me deu, mas eu disse tão rápido e potente que eu praticamente gritei


DOIS – Olhos Cor De Chocolate - Parte 2

- Mel, eu vou pra casa. A gente pode se encontrar amanhã? – eu me dirigi a Mel enquanto Arthur falava com os amigos dele

- Mas já? Tudo bem, amanhã eu te ligo – disse Mel fazendo biquinho e me dando um beijo no rosto, mas quando me virei pra sair sinto alguém puxando meu braço e me impedindo de me locomover

- Espera – aquela voz perto da minha nuca me fez arrepiar toda, isso não era bom sinal

- Algum problema? – me virei pra ver Arthur me olhar com uma cara curiosa

- Não vá agora. Ainda preciso falar com você – ele disse me olhando intensamente e o seu olhar tinha um poder que nem eu sabia identificar


- O que você precisaria falar comigo? Eu nem te conheço... – sim eu estava na retranca, ainda não sabia o poder daqueles olhos sobre mim

- É isso que me instiga – ele disse mais uma vez me olhando com curiosidade

- O que te instiga? Você precisar falar comigo? – eu estava confusa

- Não, o fato de eu ainda não te conhecer... Eu realmente não te conheço? – ele também estava confuso

- Não que eu me lembre, mas é fato que eu não sofro de mal de Alzheimer – eu disse tentando me soltar do aperto dele em meu braço


DOIS – Olhos Cor De Chocolate - Parte 1

“Há razões que a própria razão desconhece.”


A Melaine me arrastou mesmo para o aeroporto, e ficamos esperando o irmão dela e sua trupe de amigos chegarem... Já estávamos ali há quase uma hora e nada, tava começando a ficar impaciente.

- To cansando de esperar – eu bufei

- Lua, paciência é uma virtude, e não um dom! – Mel me olhava com uma cara feia

- Primeiro, eu odeio frase feita e segundo não to nem ai – eu estava revoltada, ultimamente, a revolta era a palavra que mais me definia



- Eles chegaram! – Mel disse ignorando o que eu tinha dito anteriormente, então me virei, e vi. Havia três pessoas vinham em nossa direção, mas a única coisa que eu reparava era no garoto mais baixo, na verdade eu reparava nos olhos dele... Os mesmos olhos cor de chocolate, os mesmos olhos. Isso era impossível!


- Arthur! – Mel o abraçou, mas ele ainda me fitava, assim como eu a ele. Arthur, ele era o irmão da Mel, e tinha os olhos cor de chocolate, os mesmos olhos cor de chocolate.


- Tá acontecendo algo aqui que eu não sei ? – a voz de Mel me despertou dos meus pensamentos e vi que os pensamentos do Arthur também, eu reparei que estávamos nos olhando fixamente enquanto os outros não entendiam, ou entendiam errado, logo meu rosto ficou rubro.


- Nada não, Mel – Arthur disse ainda me olhando confuso

- Tá, tudo bem. Então vou te apresentar a minha amiga. Lua esse é Arthur meu irmão, Arthur, essa é Lua minha melhor amiga – Mel disse ainda desconfiada

- É um prazer, Lua – Arthur me disse estendendo sua mão 

- O prazer é todo meu. – eu disse apertando a mão dele.

- Então, esses são meus amigos. Sophia Abrahão e Chay Suede, gente essa é minha irmã Melaine e a amiga dela Lua – Arthur disse nos apresentando a uma menina loira muito bonita e ao estiloso moreno ao seu lado.

- É um prazer – disse Mel dando um beijo no rosto da Sophia e apertando a mão do Chay, enquanto eu dava um aceno de cabeça

- Vamos, Mel? Estou louco pra rever a coroa – disse Arthur sorrindo


UM – Recordar é viver- Parte 5

- Então fique ai ingerindo um mundo de calorias enquanto eu vou me arrumar pra receber o meu irmão. – disse Mel se virando emburrada

- Para com isso, Mel. Eu vou. Mas só se você me responder uma pergunta – eu disse com um sorriso safado

- E o que seria – ela se virou sorrindo de volta

- Seu irmão é gato? – eu disse com uma cara maliciosa

- Lua Blanco, não sabia que você era tão safada! O irmão da sua amiga? Que vergonha – ela estava com uma cara indignada e por um momento achei que era verdade



- Não quer contar, não conte! – também emburrei a cara e me voltei ao brigadeiro

- Para, Lua! É claro que ele é gato, é meu irmão, e se você estiver disposta ao cargo de cunhada... – ela começou falando, mas logo a interrompi

- Epa, só perguntei se ele é gato. E não estou disposta a cargo nenhum de cunhada – eu falei tão rápido que quase me embolei com as palavras

- Tá, Lua. Só tava brincando, não precisava ficar estressadinha – Mel me disse com as mãos pra cima em sinal de defesa e um pouco de deboche



- Vai ficar aqui, debochando de mim? Daqui a pouco não vamos sair? – eu disse fugindo do assunto anterior

- Caraca, já estamos atrasadas... Vamos! – ela disse me puxando rapidamente porta afora


UM – Recordar é viver- Parte 4

- Lembra que eu te falei que meu irmão foi estudar nos Estados Unidos quando nos mudamos para o Rio? – Mel perguntou

- Claro que lembro, Arthur não é? – eu disse

- É, e ele vai voltar pro Rio amanhã! – Mel pulando no sofá

- Sério? Que bom, Mel! – eu disse a abraçando

- Você vai comigo mais tarde no aeroporto receber ele? – Mel perguntava ansiosa e com os olhos brilhando

- Não sei se é uma boa idéia, Mel... Eu nem conheço ele direito e... – comecei a falar tentando fugir da idéia da Mel


- Para com isso, Lua. O Arthur vem com um amigo e uma amiga que também tem pais aqui no Brasil também. Acho que o nome da menina é Sophia e do menino é Chay. – Mel disse como se fosse a coisa mais simples do mundo

- Mais um motivo, Mel. Você sabe que eu não sou muito socializável – eu disse colocando uma colherada de brigadeiro na boca

- Larga isso! – Mel disse pegando a panela de brigadeiro da minha mão – Sabe quantas calorias tem nisso?

- Sei, muitas. E quer saber? Não me importo. – eu disse pegando a panela da mão dela e pondo de volta no meu colo


UM – Recordar é viver- Parte 3

Depois de tudo eu e a minha mãe voltamos pro Rio, e eu nunca mais vi aquele menino, nem sequer soube seu nome... Nada, era tão frustrante! No verão seguinte ele não morava mais lá, ele desapareceu literalmente. Às vezes me pego pensando se aquilo não foi apenas um sonho. Um lindo e perfeito sonho ao pôr do sol... Mas meu coração ainda era dele, e ainda podia sentir o coração dele comigo.

Não sabia se esse sentimento realmente existia, ou era ilusão da minha cabeça. Mas você deve estar se perguntando, já se passaram quatro anos, porque ela está assim agora? Vou explicar, toda vez que entro de férias eu me lembro dele, e hoje foi o primeiro dia de férias com isso entrei em depressão total com a sessão nostalgia.

- Lua, você ai de novo? – disse uma voz que eu conhecia muito bem, então me virei


- Melaine, seja solidária com a dor dos outros? – eu fazia bico olhando pra uma Mel indignada

- Lua, assim não dá! Todo primeiro dia de verão é isso! Você nem sabe que é esse garoto, impossível ainda gostar dele – disse Mel se sentando ao meu lado

- Mel, não quero mais falar sobre isso...pelo menos não agora – disse forçando um sorriso frouxo

- Tudo bem, mas não foi pra te dar bronca que eu vim aqui – disse Mel sorrindo

- Pra que então? – perguntei 

- Tenho novidades – Mel sorria 

- O que? Diz logo! – eu estava curiosa, o que seria?


UM – Recordar é viver- Parte 2

#FlashbackON

O sol já vai se por... A maravilha da natureza. Ficar debaixo dessa laranjeira é a posição perfeita pra ver essa maravilha, o vento que meche em meus cabelos e o cheiro de grama recém cortada...

- Olhando o por do sol, olhos lindos? – aquela voz eu reconhecia bem, a voz que vinha ecoando nos últimos dias em meus ouvidos

- É meio obvio, não? – o meu tom não era de uma ironia e sim de uma diversão, e quando me virei para vê-lo, um sorriso brotou em meus lábios instantaneamente

- Acho que só seria obvio se eu estivesse sentado com você – ele também sorria

- Então está esperando o que? – o sorriso dele se alargou a ouvir a resposta a minha resposta


- Nada – ele respondeu sentando-se ao meu lado e me olhando fixamente

- Vai me deixar envergonhada se continuar me olhando dessa maneira – eu disse ficando vermelha

- Mas a intenção é esta – ele continuava a me fitar com seus olhos castanhos intensos

- Eu não entendo – eu disse em conseguir evitar que saísse

- Não entende o que? – no rosto dele havia dúvida

- Quando estou com você sinto algo diferente... Algo que eu não consigo explicar – eu disse constrangida, de onde eu tirava tanta coragem?

- Pois eu sinto a mesma coisa e acho que eu sei o que é... – ele disse

- O que? – assim que eu perguntei a única resposta que ele me deu foi selar seus lábios nos meus quando o sol finalmente se pôs.

- Meu coração será eternamente seu – ele disse me olhando, aqueles lindos olhos cor de chocolate que agora refletiam o céu alaranjado que o sol deixara pra trás.

- Meu coração já é eternamente seu – ela disse enquanto eles se beijavam mais uma vez e enquanto a lua, aquela do céu, surgia pra brilhar mais uma vez.

#FlashbackOFF

Ao pôr do sol [FIC adaptada]




UM – Recordar é viver- Parte 1


"A distância impede que eu te veja, mas não impede que eu te ame.”


Lá estava eu mais uma vez, sentada no sofá com um balde de pipoca e vendo um filme ‘um amor pra recordar’ e chorando profundamente, não se é com o filme, ou se é com meu drama amoroso. Bem, você não deve estar entendendo absolutamente nada do que eu estou dizendo, não é? Então o vou explicar. Meu nome é Lua Maria Blanco, atualmente tenho 17 anos. Mas tudo começou aos meus 13 anos, era verão e eu fui para o sítio da minha avó, meus planos era só andar de cavalo, nadar no lago e brincar muito coisas de criança, mas meus planos foram atrapalhados pelo vizinho da minha avó... Eu me apaixonei.







Autora .: Máarh Suede

Censura .: Conterá cenas ‘hots’, mas cada um sabe o que lê

Shippers .: Lua Blanco & Arthur Aguiar/ Sophia e Chay / Melaine & Micael

Gênero .: Romance

Sinopse .: 

Em um lindo pôr do sol debaixo de uma laranjeira, surgia um lindo e inesquecível amor. Eles juraram amor eterno um ao outro debaixo dessa laranjeira, sem saber o nome, endereço, nada da outra pessoa. Agora, anos depois, sem nunca mais ver a quem eles juraram seu amor, estavam apaixonados por outra pessoa, ou pelo menos achavam que estavam. Como podem se entregar a uma pessoa se seu coração pertencia à outra? Mistérios que só serão resolvidos... Ao pôr do sol.

Prefácio.:

- Algum problema? – me virei pra ver Arthur me olhar com uma cara curiosa

- Não vá agora. Ainda preciso falar com você – ele disse me olhando intensamente e o seu olhar tinha um poder que nem eu sabia identificar

- O que você precisaria falar comigo? Eu nem te conheço... – sim eu estava na retranca, ainda não sabia o poder daqueles olhos sobre mim

- É isso que me instiga – ele disse mais uma vez me olhando com curiosidade

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