Eu quero te amar(Finalizada)

Eu quero te amar


Treze – Um final feliz

“ No fim tudo dá certo, se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.”

Naquele dia algo de novo estava no ar... parecia que finalmente a felicidade havia chegado. O sexteto estava na aula do Vicente mais uma vez, e no ar pairava o cheiro doce da felicidade.
- Turma, hoje temos um tema. Alguém aqui leu o livro A marca de uma lágrima de Pedro Bandeira? Pedi para lerem já faz um tempo – disse Vicente enquanto a classe assentia
- E o que vocês acharam ? – perguntou Vicente.
- Muito meloso – respondeu Roberta

- Lindo e romantico – respondeu Alice
- Uma história envolvente que todo mundo um dia pode passar por isso. – respondeu Carla
- Mesmo com variadas opniões o certo é que a vida é um romantismo. Já pensaram que a vida pode ser como uma história, bom na verdade a vida é uma história, escrita por vocês, cabendo a vocês, somente a vocês se essa história termina em final feliz... Portanto esse é o tema da aula de hoje FELICIDADE. Palavrinha bonita, né? Todo mundo procura a felicidade, certo? – Perguntou Vicente
- Certo – respondeu a Turma.
- Não, errado – disse Vicente – Ninguém consegue procurar a felicidade, mas todo mundo consegue construi-la. Como quando você prepara um bolo, um só ingrediente errado, não conseguimos achar o ponto certo.
- Mas Vicente, a felicidade realmente existe? – perguntou Tomás
- E porque haveria de não existir? A felicidade está dentro de si mesmo, quando você acredita em si e em quem você gosta, você automaticamente acredita na felicidade – disse Vicente sorrindo
- Bom a aula acabou, vocês tem dois tempos livres antes da próxima, mas não se esqueçam contrua sua propria felicidade, enves de esperar que ela o encontre. – disse Vicente logo após do sinal ter tocado.
- Nossa, o Vicente se supera nas aulas – disse Diego abraçando Roberta
- E pelo que ele disse eu encontrei a felicidade – disse Carla olhando pra Tomás.
- Esse é o fim? – perguntou Alice dando as mãos a Pedro
- Não, esse é o caminho da felicidade. – disse Roberta sorrindo
Caro leitor, você deve estar pensando este é o fim, pois então está certo. As quatro palavrinhas foram ditas e a felicidade encontrada. Mas vocês devem estar se perguntando, E o Binho e o trio do mal? Estão tentando encontrar o caminho. E quem sou eu? Uma amiga que resolveu contar essa linda história de seis jovens. Se vou voltar? Talvez um dia, o que posso adiantar agora é que essa história ainda continua ...

FIM ou quem sabe o caminho da felicidade .


Eu quero te amar(Penúltimo Capítulo)


Doze – Só Love

“Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.” (Machado de Assis)

Roberta e Diego só haviam chegado ao quarto de madrugada, mais felizes que pinto no lixo. Mas não conseguiram evitar as perguntas dos amigos no dia seguinte.
- Bom dia – disse Carla quando Alice e Roberta ainda estavam acordando
- Que horas são? – perguntou Roberta esfregando o olho
- Sete da manhã e se eu fosse vocês levantava logo que hoje tem aula do Vicente – disse Carla sorrindo
- Aff, to derrotada – disse Roberta caindo na cama de novo
- Também, ne? Que horas você chegou ontem? – perguntou Alice.

- Sei lá, acho que foi lá pra uma hora da manhã. – disse Roberta
- E você tava fazendo o que? – perguntou Carla parecendo curiosa
- Fazendo as pazes com o Diego. A gente voltou – disse Roberta sorrindo
- Que bom, amiga – disse Carla indo com Alice abraçar Roberta
- Agora vamos, se não o Vicente mata a gente – disse Carla sorrindo enquanto as outras levantavam.

No quarto dos meninos, as perguntas também começavam
- Diego porque você chegou tarde ontem? – perguntou Pedro
- Estava com a Roberta – disse Diego sorrindo
- Ué, vocês voltaram? – perguntou Tomás
- Voltamos – disse Diego com cara de bobo
- E o que vocês fizeram até tarde da noite juntos? – perguntou Pedro desconfiado.
- Namoramos pra recuperar o tempo perdido – disse Diego
- Namoraram como? – perguntou Pedro
- Nossa, mas tu tá chato ein? – disse Diego nervoso – Tava namorando, ué! E que saber vou pra aula do Vicente.
- Isso tá estranho ... – disse Pedro assim que Diego saiu
- Deixa o cara, Pedro. E vamos pra aula – disse Tomás saindo.

Já na aula de Vicente todos estavam empolgados ainda mais com o tema da aula
- Bom, pessoal. O tema de hoje é amor . Quem acha que o amor não existe? – perguntou Vicente sorrindo enquanto não via nenhuma mão ser levantada para sua surpresa
- E quem já pensou que ele não existia e mudou de idéia? – perguntou Vicente e a metade da turma tinha a mão levantada
- O amor é uma coisa duvidosa. E só sabe o que é quem sente. Tem uma bela frase que diz amor verdadeiro é igual a os fantasmas, todos falam dele, mas raríssimos os viram. Além do que o amor é uma soma. E pode apostar que a maioria, eu disse, maioria das pessoas apaixonadas são diferentes, em pensamento e tudo. Quem ai se apaixonou pelo seu oposto? – perguntou Vicente e praticamente toda a turma havia levantado a mão.
- Mas Vicente, não é meio complicado se apaixonar por uma pessoa diferente de voce? Não seria arriscado ? – perguntou Carla
- Arriscado sempre é. Mas também não é prazeroso? Você vai deixar o medo de errar impedir que você jogue? – perguntou Vicente deixando a pergunta no ar enquanto o sinal tocava
- Bem, quero que façam uma redação sobre o amor. Vinte linhas pra próxima aula, podem sair – disse Vicente sorrindo.

Depois de um dia exaustivo de aula o sexteto resolveu conversar e claro, namorar.
- Gente, a aula do Vicente foi maravilhosa, não é? – disse Carla sorrindo
- Enquanto a do Arthur ... – disse Roberta dando língua enquanto os outros davam risada
- Será que é verdade tudo que o Vicente falou? – perguntou Alice
- Se é verdade não dá pra saber, mas que é lógico, isso é. – disse Diego olhando pra Roberta
- Acho que o amor é exatamente como o Vicente falou uma soma. – disse Tomás
- Nossa, assim parece que em tudo há matemática – disse Pedro
- E não é? – disse Roberta.
- Pior que é – disse Pedro fazendo careta
- A gente agora podia dispersar um pouco, queria aproveitar minha namorada – disse Tomás abraçando Carla e a puxando pra sala de jogos
- Acho que o Tomás tem razão, fui! – disse Diego pegando a mão de Roberta e saindo
- Acho que ficamos só nos dois – disse Pedro
- E o que a gente faz agora? – perguntou Alice
- Que tal a gente ir para o jardim? – perguntou Pedro com cara de malicioso
- Ótima idéia – disse Alice enquanto Pedro a guiava até o jardim.

Na sala de jogos...
- Tomás, calma ... – tentou dizer Carla enquanto Tomás voltava a beijar intensamente
- Calma nada gata...tá tão bom – disse Tomás retomando o beijo enquanto ela passava a mão sobre o seu cabelo
- Tomás ! E se alguém pega a gente aqui? Vão expulsar na hora. – disse Carla o empurrando
- Poxa, Carlinha! Ninguém vai pegar não. E você não tá gostando? – disse Tomás fazendo bico.
- Não é isso, Tomás. E se alguém pega a gente? É expulsão na hora, e acho melhor a gente sair antes que a gente faça uma besteira – disse Carla
- Só mais um pouquinho ... – disse Tomás fazendo uma cara de pidão
- Assim não vale ... – Carla não conseguiu terminar de dizer porque Tomás já tinha colado seus lábios nos dela num beijo arrebatador.

No quartinho ...
- Porque você me trouxe aqui de novo, ein? – perguntou Roberta
- O que você acha? – disse Diego com um sorriso malicioso
- Você tá ficando muito safado – disse Roberta
- Pior que eu sei – disse ela a beijando com intensidade suas línguas dançavam em perfeita sincronia enquanto Diego descia a sua mão pelas costas de Roberta e ela por sua vez puxava seu cabelo. O volume na calça de Diego era visível e Roberta percebeu isso resolvendo provocar roçando sua intimidade na dele o fazendo ficar cada vez mais exitado.
- Assim não vale ... – disse Diego enquanto tirava a roupa de Roberta e sua própria roupa logo depois sugando os seios de Roberta.
- Diego eu...preciso – disse Roberta não agüentando mais de tanto desejo então Diego a penetrou devagar entrando e saindo e foi aos poucos aumentando o ritmo levando Roberta a loucura e fazendo ela murmurar seu nome varias vezes deixando Diego ainda mais apaixonado, até os dois chegarem no ápice do prazer e caírem mais uma vez suados na cama do velho quartinho cheio de tralhas.



Eu quero te amar


Onze – Eu quero te amar

“ Ela só precisava dizer quatro palavrinhas: Eu quero te amar.”

Já estava a noite, Roberta estava ansiosa, precisava falar com ele, precisava dizer pra ele, ela agora entendia tudo. Mas como falar com ele? Ela foi pro mesmo lugar do dia anterior, pra pensar. Mas quando ela chega lá encontra quem estava precisando ver. Esse era o momento.
- Diego? – chama Roberta e ele se vira e da um passo até ela
- Sim? – disse Diego esperançoso
- Acho que já sei o que te dizer – Roberta diz e ele dá mais um passo.
- Diga – diz ele.
- Eu..eu – começa ela e ele dá mais uma passo colocando-os a centímetros de distancia

- Eu quero te amar – diz ela enquanto uma lágrima caia – Eu sempre quis.
- Eu é que sempre quis ouvir isso – ele não espera mais nenhum minuto e a beija com intensidade um beijo esperado pelos dois, ou melhor necessitado. Cheio de amor, carinho e paixão.
- Eu te amo – ele sussurra no seu ouvido e a beija novamente.

Não era só ali que o momento era “só Love”. No sala, como não havia mais ninguém e o toque de recolher já havia tocado, então dois pombinhos aproveitaram pra curtir um pouco.
- Sabe, Carlinha eu nunca pensei que um dia eu fosse gostar de alguém assim como eu gosto de você. – disse Tomás sorrindo
- Ahh, que fofo Tomás. Eu sempre gostei de você, mas você não era bem o tipo de cara que a gente quer ter um compromisso. – disse Carla
- Eu sei eu era um galinha – disse Tomás fazendo bico.
- O galinha mais lindo do mundo, e eu sei que isso já passou – disse Carla
- Carlinha queria tentar te dizer uma coisa – disse Tomás olhando nos olhos dela
- Fala – disse Carla curiosa
- Eu...Eu... Eu te amo – disse Tomás gaguejando
- Como? – perguntou Carla não acreditando no que ouvira
- Eu te amo, poxa. Como nunca amei ninguém – disse Tomás de uma vez
- Eu também te amo, desde o primeiro dia em que te vi – disse Carla não resistindo e beijando ele como se precisasse disse mais que tudo no mundo o beijo era intenso e cheio de amor.

Enquanto Carla & Tomás estavam no Love.
 Roberta & Diego foram pra um cômodo da escola vazio, onde ficavam algumas tralhas, lá tinha uma cama velha e muitas outras coisas, era um tipo de porão. Os dois foram pra lá na intenção de namorar um pouco.
- Ro, você não sabe como eu estou feliz de estar aqui com você. – disse Diego sorrindo
- Sei sim, e a minha felicidade se iguala a sua ou até supera – disse Roberta sorrindo e beijando Diego mais uma vez, só que tinha uma diferença dessa vez esse beijo era mais feroz, intenso sendo aprofundado cada vez mais, Diego já passava a mão pelas coxas de Roberta e seu membro pulsava forte, Roberta não ficava atrás sentia um forte calor na sua região intima e ela não consegui mais agüentar
- Diego, eu...eu...quero – disse Roberta entre um beijo e outro.
- Você tem certeza? – perguntou Diego sem parar de beijá-la.
- Sii...Sim – disse Roberta o tirando a blusa dele enquanto ele beijava seu pescoço, subia pela sua orelha até voltar a sua boca. Os dois tiraram peça por peça até ficarem totalmente nus enquanto Diego sugava um dos mamilos de Roberta e ela não aquentando mais sussurrou no ouvido de Diego
- Diego eu preciso...agora – disse ela suplicando e ouvir aquilo pra ele era a melhor sensação que já sentira na sua vida. Então ele a penetrou devagar e foi aumentando o ritmo até chegar no ápice do prazer e se separarem suados na velha cama do quartinho.
Aquela com certeza havia sido a melhor noite dos dois, e foi a maior das provas que Roberta realmente queria amá-lo. Todos os problemas agora eram passado, depois dessa noite eles realmente pertenciam um ao outro.



Eu quero te amar


Dez – Acerto de contas

“Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe.”

O fim de semana passou e Roberta & Diego mal se falavam, e os outros ficavam mal com isso tudo e evitavam ficar de agarramento perto dos amigos e não entenderam muito bem o motivo e não ter voltado a namorar, até porque nenhum dos dois queriam falar sobre isso. Só que as meninas não haviam esquecido o que o trio de cobras havia feito com elas.

- O que a gente vai fazer com aquelas cobras? – perguntou Alice
- Como assim? – disse Carla não entendendo.
- A gente tem que aprontar alguma coisa pra ela – disse Alice com um sorriso maquiavélico
- Não to com vontade de me vingar de ninguém, não vou sair do quarto hoje – disse Roberta colocando a almofada na cabeça

- Quem é você e o que você fez com a Roberta Messi? – perguntou Alice tirando a almofada da cabeça dela e olhando em seus olhos
- Está de luto – disse Roberta dando língua e colocando o travesseiro de volta na cabeça.
- Tudo bem, depois a gente pensa. Agora vamos comer alguma coisa ? To com fome. – disse Alice colocando a mão na barriga
- Vamos, também to – disse Carla se levantando
- Ok, também to com fome. Vamos – disse Roberta tirando o travesseiro da cabeça e se levantando

Ao chegarem na cantina avistaram os meninos comendo então pegaram suas bandejas com comida e sentaram junto com eles Carla sentou do lado de Tomás e deu um selinho nele, Pedro só deu um singelo beijo na testa de Alice e Roberta estava desconfortável na presença de Diego. O silencio entre eles reinava entre eles até uma pessoa entrar na cantina e Roberta falar.
- Eu não acredito! – o menino entrava e quando Pedro viu quem era se levantou na mesma hora.
- O que você está fazendo aqui, Binho? – disse Pedro cerrando os dentes
- Calma, Pedro. Vou estudar aqui e falar com a Roberta. – disse Binho sorrindo
- Como assim, Binho? – perguntou Diego de repente
- Eu te conheço? – disse Binho se direcionado a Diego
- Claro que não. E Diego é aquele Binho – respondeu Pedro
- Eu não acredito, é você o idiota então – disse Diego fechando o punho.
- Idiota eu não sei, mas com saudades da Roberta com certeza – disse Binho
- Sai fora, idiota. Não quero saber de você. Vou pro meu quarto, perdi a fome. – disse Roberta saindo, mas Diego segurou a sua mão e disse no seu ouvido na intenção de que só ela ouvisse
- Vou com você – e ela só deu um aceno de cabeça e saiu junto com ele
- Mas o que esse mauricinho está fazendo? – disse Binho com uma cara de poucos amigos
- Uma coisa que você não foi capaz de fazer – disse Pedro
- O que, posso saber? – perguntou Binho parecendo furioso
- Mostrou pra ela o amor – Carla não resistiu e respondeu por Pedro.
- Isso não vai ficar assim – disse Binho apontando pra eles e saindo
- To morrendo de medo – disse Tomás rindo
- Que cara sinistro, né? – disse Alice
- Ele é mais que sinistro, é perigoso – disse Pedro.

Enquanto isso, no quarto das meninas ...
- Você está bem? – perguntou Diego enquanto Roberta se sentava na cama
- Não, mas vou ficar. Só preciso ficar um pouco sozinha – disse Roberta segurando o choro
- Tudo bem, vou te deixar sozinha. Mas eu sempre vou estar aqui com você tá? – ela fez que sim com a cabeça e ele saiu, só bastou isso pra ela desabar no choro, mas sua paz não durou muito tempo alguém entrou no quarto.
- Binho? O que você tá fazendo aqui no meu quarto? É proibido. – disse Roberta.
- Eu voltei, Roberta pra pedir o seu perdão. Eu te amo. – disse Binho
- Se me amasse não teria feito o que fez – disse Roberta ressentida
- Me desculpa, por favor . – disse Binho parecendo triste
- Tudo bem eu te perdôo – disse Roberta.
- Que bom meu amor – disse Binho indo beijar ela, mas ela o afastou com a mão.
- Eu disse que te perdoava, mas não disse que voltaria com você. – disse Roberta
- Porque? – perguntou Binho sem reação
- Eu não volto com você porque eu não te amo, alias se eu realmente te amasse jamais teria te perdoado. Agora sai do meu quarto por favor. – disse Roberta abrindo a porta e mostrando a saída pra ele.



Eu quero te amar


Nove – O plano Mentiroso

“É fácil mentir, difícil é sustentar a mentira por muito tempo.”

O clima estava ótimo, mas como disse a Carla parecia à calmaria antes da tempestade. Estavam todos na sala num dia de sábado e como não havia ninguém na escola, o sexteto aproveitou para curtir o namoro, que só estava no começo.
- Gente, eu nunca pensei que isso pudesse acontecer – comentou Alice abraçada com Pedro
- Isso o que? – perguntou Tomás.
- Isso de a gente está todo mundo junto sem briga, namorando – disse Alice se aconchegando mais em Pedro

- Espero que isso continue durando – disse Carla aflita se apertando em Tomás
- Ai, Carlinha você é muito negativa as vezes – disse Diego fazendo careta
- Acho que a Carlinha está certa, to com um pressentimento ruim. – disse Roberta triste deitada no peito de Diego
- Ro, deve ser só um pressentimento... o que daria de errado no começo? – perguntou Diego com meio sorriso dando um selinho em Roberta.
- É acho que não precisamos nos preocupar – disse Pedro
- Por via das duvidas, tomem cuidado – disse Roberta levantando e abraçando Diego forte como se sua vida dependesse daquilo

Longe dali, um plano já havia sido armado, agora era só por em pratica. E quando a noite caiu, foi exatamente o que aconteceu. As meninas já estavam no quarto quando alguém bate na porta e quando Alice abre no chão haviam mensagens anônimas.
- Gente, tem uns bilhetes endereçados a gente – disse Alice desconfiada
- Você acha que foram os meninos outra vez – perguntou Carla.
- Acho muito difícil – respondeu Roberta quando acabou de pegar o seu bilhete – A letra não é deles, parece um bilhete anônimo.
- O que estamos esperando então? Vamos abrir! – disse Alice assim que elas abriram e neles estavam escritos
“Seu namorado não é o santo que você pensa, se quer a prova disso vá agora na biblioteca e veja com seus próprios olhos, eu te digo, quem avisa amigo é.”
- Em todos eles está escrito a mesma coisa – disse Roberta
- O que a gente faz? – Perguntou Alice
- Não faz nada, a gente confia neles – disse Carla.
- Eu confio, mas preciso tirar essa historia a limpo, é melhor, assim eu vou poder deitar e dormir tranqüila, e alias se eles não estiverem fazendo nada demais, que mal há em conferir – disse Roberta decidida
- Eu concordo – disse Alice
- A gente eu não sei se é uma boa idéia... – começou Carla
- Vamos, Carlinha. É melhor conferir do que ficar na dúvida. – disse Roberta insegura
- Ok, vamos – disse Carla e elas saíram. Cada passo do corredor era uma eternidade, a curiosidade as corroia por dentro e ao mesmo tempo as fazia ter medo do que viria pela frente, principalmente Roberta, duas decepções era demais. Enfim chegaram na biblioteca, mas o que elas viam não era nada agradável. Eles estavam com outra, as beijavam e isso doía. Alice olhou para Pedro beijando Pilar e a magoa tomou conta do seu coração, Carla olhou pra Tomás com Sosso e tudo que restava era uma tremenda dor naquilo que se chamava coração e Roberta vendo Diego beijar Vitoria sentia uma dor tão grande, que a dor que ela sentira anteriormente pelo seu ex, era um nada. Essa dor era grande e não tinha tamanho ela achava que nem coração tinha mais. As lágrimas caiam nos olhos das três e elas não conseguiam sair dali, as pernas não andavam, não conseguiam falar nada, as palavras simplesmente não saiam.
- Tá louca, garota? – disse Tomás olhando pra Sosso como se não estivesse entendendo
- Pirou idiota? O que você ta pensando? – disse Pedro empurrando Pilar com raiva
- O que você tá fazendo sua doida? Eu tenho namorada sabia? – disse Diego empurrando Vitoria furioso.
- Acho que não tem mais – finalmente Roberta conseguia falar o desejado, suas lágrimas caiam incessantemente fazendo com que eles finalmente percebessem a presença delas
- Acho que nenhum deles tem mais. – responderam Alice e Carla juntas.
- Ro, me escuta. Eu não fiz nada essa louca me agarrou e eu não consegui fazer nada eu não gosto dela eu gosto de você e... – foi dizendo e Diego
- Primeiro é Roberta Messi pra você, segundo mesmo que ELA tenha te beijado você não é retardado era só impedir o beijo e você parecia estar gostando. Nem preciso dizer, mas NUNCA mais olhe na minha cara, não me dirija a palavra, alias nenhum de vocês e está tudo acabado entre nós. – disse Roberta num fôlego só e saindo sem olhar pra trás, enquanto as outras saiam atrás dela e só disseram uma frase juntas
- Faço minhas as palavras dela.

O clima ficou estranho no colégio no começo da semana seguinte, enquanto os meninos procuravam algum meio de provar sua inocência, as meninas tentavam tocar a vida em diante sem eles, pra piorar Roberta recebe uma notícia.
- O Binho vai se mudar pra essa escola – disse Roberta horrorizada olhando no twitter
- Quem é Binho? Isso é nome? – perguntou Alice
- Binho é apelido do nome dele é Fábio. Meu ex, antes do...daquele garoto – Roberta estava tentando não pronunciar o nome de Diego, era como se isso a fizesse esquecê-lo.
- O cafajeste? - perguntou Carla
- Esse mesmo. – confirmou Roberta – o que eu vou fazer?

Enquanto isso Pedro já estava a par das noticias.
- Não acredito que o idiota do Binho vai estudar aqui. – disse Pedro incrédulo
- Quem é Binho? – perguntou Diego
- É o ex da Roberta, antes de você ser o ex – disse Pedro
- Aquele idiota que traiu ela? – perguntou Tomás
- Esse mesmo – confirmou Pedro.
- Eu vou MATAR aquele desgraçado quando ele chegar, ele magoou a MINHA garota– disse Diego com raiva
- Diego, se você não percebeu, você não fez muito diferente – disse Tomás enquanto Pedro mandava um olhar pra ele de “cala a boca ou você quem vai morrer é você”
- Idiota, você acha que eu trai a Roberta? Lógico que não! Ela que acha que eu trai – disse Diego com raiva
- Não dá no mesmo? – disse Tomás enquanto Diego avançava pra cima dele e Pedro o segurava.
- Já sei! – disse Diego de repente se soltando de Pedro
- Sabe o que, criatura? – perguntou Tomás
- Como provar nossa inocência. – disse Diego sorrindo
- Como? – perguntou Pedro
- A biblioteca é cheia de câmeras, é só a gente pegar a filmagem do dia em que elas nos agarraram e ficará provado. – disse Diego sorrindo
- Caraca, Brother. Como eu não pensei nisso antes? Diego você é FODA! – disse Pedro o abraçando dando tapinhas nas costas.
- É isso ai, ficará provado a nossa inocência. – disse Tomás sorrindo

Os meninos passaram o dia todo em função das filmagens, então colocaram seu plano em ação. Diego foi até o segurança da sala de monitoração e disse:
- Cara, meu pai tem uma grana. Se você deixar a filmagem de ontem a noite da biblioteca prometo de recompensar muito bem – disse Diego levantando do bolso um maço de dinheiro
- E quanto seria? – perguntou o segurança
- Quanto você desejar – disse Diego sorrindo.

Enquanto os meninos corriam atrás das filmagens as meninas estavam inconsoláveis. Elas ainda não conseguiam acreditar no acontecido e Roberta ainda pensava na chegada de Binho
- Minha vida não podia estar pior. To no fundo do poço. – disse Roberta triste
- Somos duas – disse Alice zangada
- Acho que a gente devia estar na sala com os outros, sem demonstrar como a gente está. Sério, a gente ficar aqui só mostra pra eles que eles conseguiram nos abalar. Bola pra frente! – disse Carlinha e assim que ele terminou de dizer alguém bate na porta e quando Alice atende era uma menina baixinha e loira dos cabelos lisos.
- Marcinha! – disse Alice abraçando a menina – O que você faz aqui?
- Alice, eu vim chamar vocês. Tá tendo a maior reunião na sala, se eu fosse vocês vinha logo. – disse Márcia com meio sorriso então curiosas as meninas saíram a acompanhando quando chegaram na sala viram vários alunos e Diego colocando uma fita e saindo da sala junto com Tomás e Pedro.
- Mas o que é... – começou Roberta mas parou ao ver a fita rodar, era aquele dia em que ela não queria se lembrar, mas ficou surpresa ao ver as imagens.
Flashback on
“Pilar, Vitória e Soraya haviam acabado de chegar na biblioteca em que os meninos estavam estudando
- O que vocês estão fazendo aqui? – perguntaram Pedro, Diego e Tomás juntos se levantando na mesma hora
- Sabe Pedro eu não vou deixar você ficar com aquela patricinha de quinta – disse Pilar se aproximando de Pedro
- Nem eu vou deixar, Tommy você ficar com a idiota da Carla – disse Sosso dando um passo pra frente de Tomás
- Nem preciso dizer que você nunca vai ficar com essa selvagem, Di. – disse Vick sorrindo e ficando bem perto dele.
- E como vocês pretendem fazer isso? – perguntou Tomás
- Assim – responderam as três juntas e tascaram um beijo neles assim que as meninas entraram, um plano quase perfeito. “
Flashback off

Roberta, Carla e Alice olhavam para aquelas cenas incrédulas, as lágrimas de arrependimento caiam de sua face. Foram muito injustas com os meninos.
- Eu não acredito, aquelas cobras peçonhentas! Eu preciso falar com Tomás, isso se ele me perdoar. – disse Carla triste
- Que ódio eu vou matar elas! E agora? – perguntou Roberta com raiva e perdida
- Agora a gente tenta consertar, alguém tem idéia de onde eles estão? – perguntou Alice.
- Eu sei aonde o Diego pode está. – disse Roberta pensando
- Também sei onde o Tomás pode estar – disse Carla
- E eu também sei do Pedro, o que estamos esperando? Vamos atrás deles. – disse Alice saindo junto com as meninas

As meninas estavam triste e foram procurar os meninos, Alice foi pro jardim no lugar que ela olhava as estrelas e onde eles começaram a namorar, Pedro só podia estar ali, e não estava errada. Lá estava ele deitado na grama olhando pro céu.
- Pedro, posso falar com você ? – Perguntou Alice o fazendo sentar e responder
- Claro, você viu o vídeo não é? – disse Pedro fazendo sinal pra que ela se sentasse ao lado dele
- Vi. E acho que errei com você. Desculpe – disse Alice abaixando a cabeça
- Tudo bem, eu entendo. Foi um plano muito bem armado. Está desculpada – disse Pedro levantando a cabeça dela
- E nós? – ela não resistiu à pergunta.
- Nós continuamos a ser exatamente o que éramos antes desse incidente – disse Pedro sorrindo – Um só
  Ele a beijou e ela se sentiu aliviada e feliz por estar nos braços dos homem que ama.

Já Carla, foi pra sala de jogos. Um tipo de santuário pra o Tomás, com toda certeza ele estaria ali, e ele estava. Ele jogava vídeo game, bem ele não jogava ele praticamente socava a manete. Ela começou a falar.
- Está jogando ou machucando a manete? – disse Carla fazendo Tomás se virar pra ela
- Acho que um pouco dos dois – disse ele dando de ombro
- Tomás, me desculpa. Eu fui uma idiota de ter acreditado nelas e... – Carla não conseguiu terminar porque Tomás já estava colando seus lábios no dela a deixando surpresa a terminar o beijo.
- O que foi isso? – disse Carla.
- Isso foi um beijo e uma forma de aceitar seu pedido de desculpas – disse Tomás sorrindo
- Então está tudo bem? – disse Carla não conseguindo conter a felicidade.
- Está tudo melhor do que nunca! – disse Tomás a puxando pra um beijo.

Roberta foi procurar Diego na piscina, ele devia estar lá. Ele estava sentado num banco olhando pra água pensativo.
- Acho que eu te devo desculpas – disse Roberta sentando do lado dele
- Viu o vídeo? – perguntou Diego
- Vi, e acho que fui injusta. Queria te pedir desculpas – disse Roberta
- Eu te desculpo, mas eu acho melhor a gente não voltar. – disse Diego parecendo triste.
- Por que? – disse Roberta com uma lágrima caindo dos seus olhos
- Sabe, Roberta por mais que o amor venha sem a gente querer, sem pedir licença a gente tem que aceita-lo. Se você não quiser amar não adianta, ele vai te machucar por dentro, mas você vai continuar como se não o tivesse. As vezes para amar é preciso querer, e você ainda não está preparada. Quando você tiver você vai vim até mim e vai saber o que dizer, por enquanto acho que podemos ser amigos. Está doendo te dizer isso, mas eu preciso dizer – disse Diego com as lágrimas caindo ele chega até ela e dando um beijo na sua testa e saindo direto pra escola deixando Roberta chorando inconsolável.


Eu quero te amar


Oito - Namoro

“O dia mais importante não é o dia em que conhecemos uma pessoa e sim quando ela passa a existir dentro de nós.”

As meninas estavam furiosas e passaram o dia sem dirigir a palavra aos meninos, já estavam à noite e eles surpresos ainda comentavam o acontecido
- O que deu nas meninas? – perguntou Tomás
- Ciúmes, brother, ciúmes – respondeu Diego sorrindo
- Mas se elas sentem ciúmes é porque ... – começou Tomás
- Elas gostam da gente. – completou Pedro.
- Mas a pergunta é: A gente gosta delas? – disse Diego

- Eu gosto da Alice, gostei dela desde o primeiro dia que eu a vi – disse Pedro com um sorriso bobo no rosto
- Eu confesso que eu gosto da Roberta, ela é marrenta e selvagem. Eu gosto muito disso. Quando eu to perto dela é diferente, sei lá. – disse Diego com os olhos brilhando
- Cara vocês estão apaixonados – disse Tomás
- Só a gente? – disseram Pedro e Diego juntos.
- Lógico, gente ! Sou o Tomás lembram? O cara que não se apaixona ? – disse Tomás como se fosse obvio.
- Cara, a gente não é idiota. O que você sente quando está perto da Carla? – perguntou Pedro
- Sei lá, gente. Me sinto diferente. – disse Tomás torcendo pra que o assunto acabe ali.
- Diferente como? – perguntou Diego curioso
- Vocês não vão desistir, não é? – perguntou Tomás
- Não – responderam Pedro e Diego juntos mais uma vez.
- Tudo bem, eu digo. Quando olho pra ela vejo uma garota perfeita, quando chego perto dela minhas mãos suam, minhas pernas tremem e não sei o que dizer, só falo besteira e sinto uma vontade louca de beijá-la. – disse Tomás num fôlego só
- Eu não acredito! – exclamou Pedro
- Não acredita no que, meu filho? – disse Tomás olhando pra eles assustado
- Tomás, você está apaixonado – disse Diego colocando a mão no ombro dele.
- Impossível – disse Tomás
- Os sintomas são de paixonite aguda, e sinto informar-lhe que não é só você que sofre desse mal, mas todos nós aqui presentes, não é contagioso, mas infelizmente ou felizmente não tem cura. – disse Pedro numa pose de intelectual enquanto os outros explodiam em risadas
- Mas o que a gente faz agora – perguntou Diego parando de rir
- O que todo apaixonado faz, se amarra. – disse Pedro agora sério.

Enquanto isso as meninas continuavam irritadas no quarto delas
- Pode ser Vick, a gente marca – disse Roberta imitando a voz de Diego – Aff, mauricinho idiota!
- O Tomás passou do ponto, sério! A Soraya é mais safada de todo o colégio, todo mundo sabe disso. Mas esqueci que é disso que ele gosta – disse Carla com raiva
- O ridículo do Pedro tá se achando só porque a Pilar é filha do diretor e pode livrar a cara dele. Além de não saber escolher roupa, agora nem menina saber escolher. – disse Alice mais que irritada
- Gente, e se eles tiverem com razão? – disse Carla olhando pra elas.
- Razão de que? – Perguntou Alice
- Razão de que a gente está com ciúmes deles. – disse Carla receosa
- Isso é ridículo e calunioso. Não é? – disse Roberta incerta
- Amiga, to sem certeza de nada – disse Carla
- E como a gente faz pra ter? – perguntou Alice.
- Gente o amor não existe. Vocês não vêem ? – disse Roberta se esforçando pra acreditar nela mesma
- O que eu vejo é que eu senti ciúmes, e sinceramente não sei se isso é bom ou ruim – disse Carla triste
Depois da conversa os meninos tinham uma certeza e as meninas não tinham certeza de nada, e já estava anoitecendo quando as meninas recebem mensagens.
No celular de Alice havia a seguinte mensagem:
“Me encontre no jardim. No lugar que você costuma olhar as estrelas. Preciso conversar com você . Bj, Tomás :p “
  Alice achou que podia ir ver Tomás, afinal de contas amigo é para sempre.
No de Carla havia a seguinte mensagem:
“Carlinha, é urgente preciso falar com você. Por favor me encontre na biblioteca não deve ter mais quase ninguém lá. Te espero lá, Diego. “
Carla ficou preocupada com o amigo, ela tinha que ir falar com ele.
No de Roberta havia a seguinte mensagem:
“Ro, venha aqui no jardim perto da piscina. Preciso falar com você, vem por favor. Beijos, Pedro XD.”
As meninas ficaram preocupadas com os meninos e resolveram ver o que era.

Chegando no jardim Alice viu uma pessoa lá e chamou.
- Tomás?
- Não é o Tomás. – disse a pessoa se virando
- Você ? O que você quer? – disse Alice
- Conversar com você – disse Pedro
- Fingindo que é o Tomás? – perguntou Alice
- Não conseguindo trazer você pra cá pra tentar te dizer uma coisa – disse Alice.
- Então fala, eu não tenho a noite toda – disse Alice impaciente
- Eu...eu... gosto de você – disse Pedro nervoso
- Gosta como? – perguntou Alice surpresa com a declaração.
- Gosto de gostar, você é a menina mais linda que eu já vi, quando eu te vejo minhas pernas tremem meu coração dispara, não sei mas eu acho que estou apaixonado – disse Pedro constrangido
- Eu também gosto de você, gostei desde o primeiro dia em que te vi, mas você me tratava mal, então eu também te tratava em defesa, mas eu gosto muito de você. – mal acabou de dizer Alice e Pedro já havia encostado seus lábios um no outro num beijo
calmo, mas cheio de sentimentos
- Quer ser minha namorada? – perguntou Pedro assim que acabou o beijo
- Quero – disse Alice sorrindo.

Já Carla havia chegado na biblioteca e como havia na mensagem não havia ninguém ali, só uma pessoa no meio dos livros.
- Diego, porque você me chamou aqui? – perguntou Carla
- Eu não sou o Diego – disse a pessoa chegando perto de Carla
- Tomás, o que você esta fazendo aqui? Porque você não esta com uma piriguete?
- Porque não quero mais nenhuma piriguete – disse Tomás.
- Como? – perguntou Carla
- Sabe Carlinha ... – começou Tomás
- Fala – disse Carla o encorajando
- euachoqueestouapaixonadoporvoce – disse Tomás rápido
- O quê? – disse Carla sem entender
- Eu acho que to apaixonado por você, caramba. – disse Tomás.
- Eu sempre fui apaixonada por você, mas você sempre foi um galinha preferi tentar tirar esse sentimento – disse Carla o abraçando
- Não tente mais, vamos tentar e ver se da certo – disse Tomás colando seus lábios no de Carla e começando um beijo apaixonado de deixar os dois sem fôlego
- Quer namorar comigo? – perguntou Tomás
- Você ainda pergunta? – disse Carla retomando o beijo.

Roberta já estava perto da piscina e nada do Pedro. Ela já estava ficando preocupada.
- Esperou muito? – disse uma voz atrás dela
- O que você está fazendo aqui? – perguntou Roberta se virando
- Eu estou aqui pra conversar com você – disse Diego
- Pois eu não tenho nada pra conversar com você – disse Roberta se virando pra sair enquanto ele segura seu braço
- Temos sim, Roberta não sei o que aconteceu com você pra que você tenha esse medo todo de se apaixonar, mas eu gosto de você, só quero uma chance. – disse Diego perto dela a incomodando com a proximidade.
- Eu ainda não sei se eu consigo, ou eu quero te amar – disse Roberta constrangida
- Tudo bem eu entendo, mas se a gente não tentar a gente não vai saber. Por favor, vamos tentar. Você não gosta nem um pouquinho de mim? – perguntou Diego com medo da resposta.
- Gosto – disse ela baixando a guarda
- Então? Vamos tentar? – perguntou Diego
- Acho que podemos – disse Roberta e Diego a beijou, seus lábios em perfeita sincronia e suas bocas se encaixavam perfeitamente, era o beijo tão esperado pelos dois.
- Quer ser minha namorada? – perguntou Diego
- Mais é claro – disse Roberta dando vários selinhos nele.
É meus caros leitores, o amor está no ar. Mas será que vai durar muito tempo?


Eu quero te amar

Sete - Ciúmes

"A suspeita e o ciúme são como venenos empregados na medicina: se pouco, salva; se muito, mata." (Antonio Perez)

A semana passou rápido, já estava no ultimo dia de aula, tudo havia passado as mil maravilhas, mas três pessoas observava a felicidade deles de longe e não gostava nada disso. Eram elas Pilar, Vitória e Soraya mais conhecida como Sosso. Pilar era filha do diretor Jonas Araripe, e se achava dona da escola. Ela gosta de Pedro e faz de tudo pra ele ser seu. Vitória já foi namorada de Diego e nunca o esqueceu, não acreditava como Diego podia estar dando em cima da selvagem da Roberta ela quer ele de volta, já Sosso sempre gostou de Tomás calada, mas ele era galinha e não dava bola pra ela só pegava e jogava fora, desde então ela jurou que ele ia ser seu.


- Não acredito que aquela patricinha da Alice Albuquerque quer pegar o MEU Pedro. E o pior que ela consegue tudo o que quer por ser rica. Que ódio! - disse Pilar com raiva
- E o Tomás então? Fica todo cheio de gracinha pra cima daquela Carla, só porque ela tem um corpo escultural. Nunca mais vi ele ficando com menina nenhuma. Mas ele não vai ser dela! – disse Sosso
- O Diego agora está se interessando pela selvagem. Veja só! Me trocar pela aquelazinha, mas isso não fica assim! – disse Vitória
- Pois então vamos nos unir, pra acabar com a felicidade daquele sexteto. Eu já tenho um plano – disse Pilar sorrindo malignamente.

No quarto das meninas ...

- Gente tá tudo tão calmo. Parece a calmaria antes da tempestade – disse Carla refletindo
- Ai, Carlinha que horror! – disse Alice
- A Carla tem razão Alice, tá tudo calmo demais. Aí tem ... – disse Roberta
- Gente vocês são muito negativas, tá tudo ótimo. – disse Alice
- Que seja, ei vamos cantar? – perguntou Roberta
- Eu gosto de cantar, alguém toca – perguntou Carla
- Eu toco – disse Roberta – Vamos, Alice?
 - Claro – disse Alice sorrindo enquanto Roberta pegava o violão e começava

Desculpe o Auê
Eu não queria magoar você
Foi ciúme sim
Fiz greve de fome
Guerrilhas, motins
Perdi a cabeça
Esqueça!

E as meninas acompanhavam sorrindo com a escolha da música.
Desculpe o Auê
Eu não queria magoar você
Foi ciúme sim
Fiz greve de fome
Guerrilhas, motins
Perdi a cabeça
Esqueça!

De repente os meninos entraram no quarto e começaram a cantar e elas pararam de cantar de tão assustadas, Roberta estava em choque mas não parou de tocar.

Da próxima vez eu me mando
Que se dane meu jeito inseguro
Nosso amor vale tanto
Por você vou roubar os anéis de Saturno.
Elas sorriram com a chegada deles e começaram a cantar todos juntos
Da próxima vez eu me mando
Da próxima vez eu me mando
Da próxima vez eu me mando
Da próxima vez...

Sorriram ao terminar de cantar enquanto Diego dizia
- Bela escolha de música.
- Valeu – disse Roberta
- Vocês cantam bem, já tinha ouvido a Roberta cantar e tocar, mas vocês juntas ficou fantástico. – disse Pedro e Alice sorriu
- Eu gosto de música é bom pra passar o tempo – disse Tomás
- Todas nós gostamos – disse Carla
- Olha, alguma coisa que todos temos em comum, enfim! – disse Diego
- Vamos cantar mais uma? – perguntou Roberta
- Vamos! – responderam os outros e Roberta começou a tocar e os outros a acompanharam
Tá tudo escuro, não enxergo nada
Quanto mais eu te procuro eu não te vejo
O frio da noite, alta madrugada
Ando a cidade atrás de um desejo
Rodo becos, vielas, palácios, favelas tentando te encontrar
Fico alucinado, desesperado não sei aonde vou chegar
Nem a luz oscilante da lua minguante consegue iluminar
Eu me sinto enganado, sozinho, culpado por não conseguir te encontrar

Eles pararam de cantar, alguém havia entrado no quarto. Era Jonas o diretor.
- O que está acontecendo aqui ? – perguntou Jonas furioso
- Estamos cantando, ué! – disse Roberta
- Messi, isso vai contra as regras da escola. Quero todos na minha sala imediatamente, Maldonado, Messi, Ferrer, Penedo, Costa e Albuquerque! – disse Jonas saindo
- Vixii, ferrou! – disse Tomás saindo atrás de Jonas

Quando todos estavam na sala de Jonas o diretor começou a falar ...
- Os senhores estão cientes que quebraram uma das regras da escola, então lhes darei a punição cabível. – disse Jonas sério
- Isso é realmente necessário, senhor diretor? – perguntou Carla de cabeça baixa
- Extremamente necessário, Srtª Ferrer. Hoje lhes darei a punição de ficarem na escola no fim de semana, da próxima não serei tão bonzinho assim. Espero que não se repita – disse Jonas calmamente
- Tá louco? Vou ficar presa nesse colégio no fim de semana também? – disse Roberta furiosa
- Sim Srtª Messi e se reclamar vai ser pior. Agora saiam – disse Jonas e eles saíram resmungando por ficarem presos no fim de semana e quando já estavam na sala de estar chega Pilar, Vitória e Sosso.

- Oi Pedro – disse Pilar sorrindo – Será que depois você pode me explicar aquela equação que o Arthur deu que eu não entendi ?
- Claro, Pilar. Vou ficar aqui no fim de semana mesmo por culpa do seu pai – disse Pedro
- Você vai estudar com ela? – perguntou Alice incrédula
- Pedro, desculpa o meu pai ele é muito severo, se você quiser eu tento falar com ele pra tirar do castigo – disse Pilar ignorando Alice
- Alice vou dar uma força pra Pilar sim e Pilar você faria isso? – disse Pedro sorrindo.
- Claro, bem eu vou indo agora mais tarde eu falo com você Pedro e Vick e Sosso to esperando vocês no quarto – disse Pilar saindo
- Tomás, eu vou ficar aqui no fim de semana, qualquer coisa me chama tá? – disse Sosso sorrindo maliciosamente e saindo atrás de Pilar
- Pode deixar, gata – disse Tomás enquanto Carla olhava pra ele surpresa
- E Di, to com aquele CD seu, achei que a gente podia ouvir juntos depois já que você vai ficar aqui no fim de semana – disse Vitória sorrindo
- Pode ser Vick, a gente marca – disse Diego olhando ela sair e quando se virou viu as meninas com uma cara furiosa
- Que foi – disseram os três juntos.
- O que foi? Elas estão dando em cima de vocês – disse Roberta
- Descaradamente – completou Carla
- Como você pode dar aula pra Pilar? Ela é uma naja! – disse Alice pra Pedro
- Como você pode dar trela pra essa Soraya? Ela é a maior chave de cadeia! – disse Carla pra Tomás
- E você? – disse Roberta apontando pra Diego – Ouvir CD com essazinha? Fala sério, ela não quer ouvir CD nenhum com você, idiota!
- Sabe o que eu acho? – disse Pedro pra Alice.
- Não, Pedro o que nós achamos – disse Tomás olhando pra Carla
- O que? – disseram Roberta, Alice e Carla quase gritando
- Que vocês estão com ciúmes. – disse Diego sorrindo pra Roberta
- Ciúmes?? Tá louco, mauricinho? Colocou tanto perfume que afetou o celebro? – disse Roberta irritada
- Não vamos ficar aqui ouvindo asneiras, querem saber? Fiquem com elas pra vocês! – disse Carla saindo com Roberta e Alice furiosas.


Eu quero te amar


Seis – Reconciliação


“Um sorriso dura somente um instante, mas seus efeitos perduram para sempre." (Toninh Bittencourt)

Os meninos estavam na sala nervosos querendo saber se as meninas tinham recebido seus presentes.
- Será que elas receberam? – perguntou Tomás ansioso
- Será que elas gostaram? – perguntou Diego mais ansioso ainda
- Até gostamos, e gostaria mais se não soubesse que a idéia foi do Pedro – disse Roberta surgindo.
- Como assim? – perguntou Pedro
- Qual é, Pedro. O meu presente eu tenho certeza que foi o Tomás que te disse pra comprar aquele presente pra mim. – disse Alice sorrindo

- Não foi não, Alice – disse Tomás
- Vocês não enganam a gente – disse Carla
- Tá tudo bem – disse Diego levantando as mãos - Eu disse pro Tomás o que comprar pra Carla
- E eu disse pro Diego o que comprar pra Roberta – disse Pedro
- Eu disse pro Pedro o que comprar pra Alice – disse Tomás
- Vocês não gostaram e ficaram chateadas, não é? – perguntou Diego de cabeça baixa.
- Na verdade eu achei maneiro – disse Roberta levantando a cabeça de Diego e ele sorriu
- Eu achei fofo – disse Alice olhando pra Pedro
- Acho que vocês estão desculpados – disse Carla abraçando Tomás
- Só não façam isso de novo, ein? – disse Roberta olhando pra eles – Não vamos ser tão boazinhas na próxima.
- Concordamos – disseram Carla e Alice juntas
- Acho que é um preço justo – disse Diego entendendo a mão pra Roberta – Amigos?
- Amigos – disse Roberta apertando a mão dele
- E você Carlinha? – perguntou Tomás – Vamos voltar a ser como antes?
- Vamos – disse Carla sorrindo e abraçando ele
- Alice, vamos pelo menos tentar ser amigos? – perguntou Pedro
- Acho que podemos – disse Alice dando um abraço nele
- Que ótimo que está tudo acertado, mas vamos que ainda temos aula do Vicente – disse Roberta saindo enquanto os outros sorriam e faziam o mesmo. 


Eu quero te amar


Cinco - Desculpas

"Merece perdão quem fez mal sem saber." (Quintiliano) 

As meninas ficaram furiosas com os meninos, principalmente Carla e segundo ela não queria ver Tomás nem pintado de ouro na sua frente. Já os meninos acabaram percebendo que tinham vacilado.
- Diego, você é maluco? – perguntou Pedro – Por sua culpa a Alice ficou bolada comigo, você deu em cima da Roberta porque cara? Ela não vai querer nada com você.
- Nem vem, Pedro. Você que foi falar merda pra Alice, o Diego não teve culpa. – disse Tomás emburrado
- E você Tomás? Tem titica no lugar do celebro? Foi beijar a Carla? Logo a Carla, brother? – disse Diego inconformado.
- Não vai adiantar nada a gente ficar falando e brigando um com outro se a merda já está feita – disse Tomás irritado.
- O Tomás tem razão – disse Diego
- Sabe, meu pai dizia que quando a gente erra com uma garota temos que pedir desculpas lindamente – disse Pedro pensativo.
- E qual é sua idéia? – disse Tomás sorrindo


Enquanto os meninos tramavam suas desculpas as meninas estavam na sala conversando sobre eles super irritadas.
- Olha, a minha vontade é de pegar o Diego e cortar ele em pedacinhos – disse Roberta com raiva
- Calma né, Ro. Não é pra tanto ele só deu em cima de você, Diego as vezes é meio que impulsivo. Pior o Tomás que tentou me beijar – disse Carla irritada
- Vai defender o Diego? – disse Roberta surpresa.
- Não disse que ele não tem culpa, só disse que não é pra tanto. – disse Carla
- Não é pra tanto? – se intrometeu Alice – Todo mundo sabe que o Tomás é assim pior o Pedro que me surpreendeu.
- Como? – disse Carla olhando pra Alice sem acreditar no que foi dito pela amiga
- O Pedro é assim, ele tava defendendo os amigos – disse Roberta
- E não te defendendo você não é a ‘amiguinha’ dele – disse Alice num tom de provocação e quando Roberta ia retrucar Carla interrompeu.
- Gente, para! A gente tá discutindo quando devíamos nos unir, não é só porque eles são nossos amigos que a gente tem que defender eles. Todos estão errados e podemos dar uma lição neles – disse Carla com um sorriso
- Mas o que vamos fazer? – perguntou Alice
- Vamos dar um gelo neles – respondeu Carla – Eu tenho certeza que eles vendo que até as melhores amigas deles não estão falando com eles... – começou Carla
- Eles vão ter que fazer alguma coisa pra reverter a situação – terminou Roberta compreendendo.
- E é ai que vamos ver do que eles são capazes – disse Alice sorrindo.
- É isso ai! Juntas nós podemos mais. – disse Carla sorrindo.

As meninas começaram a dar um gelo nos meninos, literalmente. Não dirigiam a palavra a eles a 3 dias, e eles, mais do que tudo sentiam falta das sua melhores amigas.
- Cara, a nem a Carla tá falando comigo... se fosse só a Roberta ainda ia, mas a Carlinha! – disse Diego triste.
- E a Alice, tá nem ai pra mim. – disse Tomás emburrado.
- E você acha que a Roberta tá falando comigo? Logo a Roberta, cara! Em todo esse tempo de amizade ela nunca fez isso! – disse Pedro.
- Eu acho que elas se uniram pra dar uma lição na gente – disse Tomás
- Então estão conseguindo – disse Pedro
- E a sua idéia, cara? – perguntou Diego
- Primeiro você Diego compra chocolate, uma caixa bonita. – disse Pedro
- Pra que? – perguntou Diego.
- Pra Roberta, ela odeia flores, acha que elas murcham e o presente não vale de nada. – disse Pedro
- Pois então, compra pra Alice uma jóia. Ela ama jóias. Você vai agradá-la e ela diz que quando ganha uma jóia toda vez que ela usa lembra da pessoa que deu pra ela. – disse Tomás sorrindo
- E você – disse Diego apontando pra Tomás – Compra pra Carlinha flores, Carlinha ama flores, principalmente rosas brancas, ela diz que seu perfume e sua maciez simboliza o seu carinho por ela.
- E depois eu explico o resto – disse Pedro – Vamos logo comprar isso.

Os meninos ficaram o dia inteiro planejando o seu pedido de desculpas e o que deixou as meninas encucadas e só os verem na aula, enquanto estavam de cochicho.

- O que será que está acontecendo com eles? – Peguntou Alice
- Pra mim, eles estão aprontando alguma. – disse Roberta
- Não sei, mas que tem alguma coisa ai, ah isso tem. – assim que Carla terminou de falar alguém bate na porta e Alice se levanta pra atender e volta com um buquê de rosas brancas, uma caixinha rosa e uma caixa de bombom. Alice olhou as rosas e estava um envelope escrito “Para Carla Ferrer” então Alice entregou a Carla, na caixa de bombom estava escrito “Para Roberta Messi” e por ultimo estava escrito “Para Alice Albuquerque” na caixinha rosa.

                                             
- Aposto que foi o Pedro – disse Roberta com um sorriso – Sabia que ele ia pedir desculpas
- E eu tenho certeza que foi o Diego – disse Carla sorrindo
- É claro que o meu foi Tomás, era isso que ele tramava – disse Alice sorrindo como as outras amigas.

Mas para a surpresa delas quando elas abriram o envelope escrito:
No de Alice
“Desculpe o auê eu não queria magoar você ... (8
Desculpa, linda. Eu não queria te deixar chateada, tava defendendo os meus amigos, mas eu gosto muito de você. Beijos, Pedro XD “
Ao terminar de ler ela não pode deixar de dar um sorriso.

No de Carla
“Desculpe o auê eu não queria magoar você ... (8
Carlinha eu não devia ter tentado te beijar, você é muito legal, não queria ter de magoado. Você nunca vai ser mais uma, você é única e especial pra mim. Te adoro, me desculpa, por favor (yn). Bj :* Tomás Penedo :p “
Ao terminar de ler Carla deu um sorriso e sem saber porque adorou saber que é única.

No de Roberta
“Desculpe o auê eu não queria magoar você ... (8
Roberta, acho que começamos errado. Eu gostei de você, mas entendo que você não acredite no amor. Não vou mais dar em cima de você. Um dia se você mudar de idéia sobre o amor, a gente vê. Mas enquanto não vamos tentar ser amigos? Me desculpa, vai? Beijoos, Diego Maldonado *. “

Ao terminar de ler, Roberta pensou que aquele mauricinho podia ser tudo, mas sabia como convencer uma garota. 



Eu quero te amar


Quatro – Brigas


“As brigas são como o ensaio de um grande amor.” (Júnior Medeiros)

Naquela noite nenhum dos casais haviam conseguido parar de pensar na conversa do dia anterior. Muitos deles não queriam mais pensar nisso, principalmente Roberta.
Quando amanheceu e todos acordaram, sentiram o peso de não dormir direito à noite, começaria as aula e a primeira era de matemática. Depois de se arrumarem e fazerem sua higiene pessoal todos foram pra aula de matemática.
- Olá, galera! – disse o professor empolgado – Me chamo Artur e vim ensinar a vocês melhor matéria do mundo, a maravilha da matemática. – disse com um sorriso
- Fala sério, professor. Se matemática fosso boa não começava com ma. Seria boatemática. – disse Diego e todos riram.

- Sinto discordar de você Maldonado. – disse Artur simplesmente – Matemática está em tudo. Desde a compra até a construção. Por exemplo, pra se construir uma casa é preciso da matemática, para se comprar algo ou vender, também é preciso dela. Pra ter uma conta no banco é preciso saber matemática. Em tudo tem um pouco dela.  Mas vamos começar a aula abrindo o livro página 8 e... – Artur começou a falar e explicar sobre a matéria enquanto Roberta não perdia a chance de disparar pra cima de Diego

- Até o zero a esquerda do Artur te dando lição de moral, ein? – disse Roberta sorrindo
- Cala boca sua selvagem – disse Diego irritado
- Tá irritadinho porque não tá acostumado a levar um fora? – disse Roberta num tom de deboche.
- Não to acostumado mesmo não e quer saber? Melhor levar um fora do que ser encalhado. – devolveu Diego no mesmo tom
- Olha aqui garoto – Roberta começou a elevar o tom, mas parou porque toda a turma olhava para os dois enquanto Artur dizia
- Maldonado e Messi querem dividir algo com a turma? – disse Artur bravo
- Não professor, de boa – disse Roberta virando pra frente
A aula passou normalmente, a qual para muitos era chata. A turma tinha dois tempos livre e os meninos aproveitaram para jogar vídeo game, e as meninas para falar deles.
- Roberta, aquele seu amigo Pedro me irrita e parece que ele gosta disso – disse Alice escrevendo em seu caderno
- Eu acho que ele gosta de você – disse Carla.
- Também acho – disse Roberta
- Grande jeito de gostar – murmurou Alice
- O que? – disse Roberta
- Ele é um grosso e mal vestido isso sim – disse Alice
- E você gosta dele – disse Carla e Roberta riu
- Olha quem fala, gosta do Tomás e implica com ele. – disse Alice desconversando
- Eu não gosto dele e ele é um galinha – disse Carla chateada
- Todos são idiotas e nenhum presta, com exceção do Pedro – disse Roberta
- Quem ouve até pensa que você namora o Pedro – disse Alice com raiva
- Alice, como você é ingênua, todo mundo percebe a distancia que a Roberta e o Pedro são só amigos – começou dizendo Carla e Roberta assentiu com a cabeça em agradecimento – E a Roberta gostou do Diego. Dá pra perceber o clima.
- Tá louca ? Eu odiei aquele garoto e não vou gostar de garoto nenhum mais. – disse Roberta irritada
- O que aconteceu, Roberta? Porque você fala desse jeito? – perguntou Alice
- Prefiro não falar sobre isso ... – disse Roberta triste
- Sério? Às vezes falar ajuda. – disse Carla amistosa
- É muito doloroso pra mim ainda. – disse Roberta já com algumas lágrimas insistentes caindo sobre sua face
- Nós somos suas amigas, quem sabe não podemos te ajudar? – disse Alice a olhando
- Tudo bem, eu vou contar... – começou Roberta e as outras assentiram com a cabeça
– Eu namorava um garoto e bem, a minha melhor amiga dava em cima dele direto e eu nem percebia, até que ele me disse que ia visitar uma tia doente e foi numa festa, por coincidência também fui convidada e fui a esta festa. Chegando lá encontrei ele e a minha amiga se beijando e teve gente que me chamou de burra dizendo que eles me traiam a muito tempo. Dupla traição. Ainda dói muito, por isso prometi a mim mesma não me apaixonar por ninguém nunca mais. – disse Roberta já chorando igual a uma criança.
- Amiga, não fica assim. Nem todos os garotos são assim. – disse Alice
- Ai que você se engana, quando você menos esperar ele mente. Odeio mentira! – disse Roberta com raiva
- Sabe, Roberta se ele te magoou é porque não era amor, era uma mera paixão. Quando você encontrar seu verdadeiro amor você vai ver que essa paixão era tão insignificante que você vai perceber suas lágrimas não valeram de nada. Você pode até achar que sou louca, mas você pode fugir desse sentimento que ele continuará ai. – disse Carla pensativa
- Carla virou conselheira amorosa – disse Roberta enxugando as lágrimas e sorrindo novamente enquanto as outras davam risada.
Depois do “papo de meninas” elas foram pra sala e os meninos tinham acabado de jogar vídeo game.

- Quem venceu? – perguntou Roberta entrando na sala sorrindo
- Lógico que fui eu – respondeu Diego fazendo pose
- Que jogo? – perguntou ela desconfiada
- futebol – respondeu Diego com um sorriso
- Vocês perderam pra ele? – disse Roberta olhando pra Pedro e Tomás com uma cara indignada enquanto eles assentiam com a cabeça – Nossa, vocês são ruins mesmo.
- Eu que sou bom de mais, garota. Bom em tudo – disse Diego olhando pra ela
- Duvido – disse Roberta nos olhos dela
- Quer pagar pra ver – disse ele chegando perto dela e ficando numa proximidade perigosa a deixando em transe
- Não caio nessa idiota. – disse Roberta saindo do transe e saindo da sala com a mesma rapidez que havia entrado.
- Diego viu o que você fez? – disse Carla se virando pra sair atrás de Roberta, mas Tomás segurou seu braço a impedindo
- Deixa ela, gata. Num instante ela melhora, vamos aproveitar... – disse Tomás se aproximando para beijá-la.
- Você é um IDIOTA – disse Carla dando um tapa no rosto de Tomás – NUNCA mais tente fazer isso, entendeu? Tá pensando que eu sou o que? Mais uma? – Carla se virou e saiu.
- Vocês dois tem o que na cabeça? – disse Alice com raiva – Vocês são todos iguais.
- Peraí, eu não fiz nada – disse Pedro – E os caras estavam de cabeça quente, não pensaram no que fizeram amanhã eles pedem desculpas.
- E você pensa que é assim? Faz errado e pede desculpa que fica tudo certo? – disse Alice já alterada – Não é assim não, cara! E quer saber vocês são uns idiotas e você também é – apontou pra Pedro
- Alice, que tempestade em um copo d’água. Vocês mulheres que são mimadas e só fazem o que querem e nós é que erramos. – disse Pedro ficando revoltado
- Quer saber? Problema de vocês. Fiquem vocês três sozinhos, vocês se merecem. – disse Alice saindo furiosa.


Eu quero te amar

Três – Amor x Ódio

"O ódio não cessa com o ódio em tempo algum, o ódio cessa com o amor: esta é a lei eterna." (Dhammapada)

- Gostou do mauricinho, né? – disse Pedro malicioso.
- Lógico que não! E você nem gostou da paty... Eu vi do jeito que você olhava pra ela..
- Ela até é bonitinha, mas nem faz meu tipo – disse ele descontraído
- Aham, e eu sou o bozo. Conta outra Pedro você sempre teve uma queda por patys, por isso que a gente nunca deu certo – disse Roberta com uma cara de malicia, e os dois ficaram um tempo olhando um pra cara do outro, mas não aguentaram e explodiram em risadas.

Assim que as risadas cessaram Pedro falou empolgado


- Ainda está a tarde, as aulas só começam amanhã.. vamos dar um mergulho? Tem mó piscinão lá fora e tu gosta de nadar que eu sei.
- Bora lá, mas você não vai ficar chateado se eu falar com as meninas não, né? Elas já devem estar no quarto, é sempre bom ter mais companhia. – disse Roberta fazendo bico.
- Não fico chateado, se você não ficar chateada de eu chamar os meninos ..
- Tudo bem. Agora eu vou lá no quarto falar com elas. – disse Roberta saindo

Assim que chegou no quarto, Roberta viu Alice e Carla conversando sobre roupas e as interrompeu
- Gente, bora pra piscina? – disse Roberta abrindo o armário
- Claro, adoro piscina, nadar é um ótimo exercício. – disse Carla
- Vamos sim, mas antes queria te perguntar uma coisa Roberta ... – começou Alice
- Pergunta – disse Roberta
- Você namora aquele garoto? O Pedro?
- Não, eca! Eu e Pedro somos amigos, praticamente irmãos e apesar de termos muito em comum, não daria certo. O que eu sinto por ele é amizade e nada além disso. Mas porque você perguntou isso? – disse Roberta.
- Nada não . – disse Alice rápido
- Ah, você tá interessada nele.. – disse Roberta sorrindo
- Nem to – disse Alice fugindo do assunto
- Uhum, sei.. – disse Roberta pegando o biquíni
- Não enche Roberta! – disse Alice ficando nervosa
- Vamos ou não vamos? – disse Carla evitando que começasse uma briga
- VAMOS – responderam as duas juntas

- Então botem logo esse biquíni, antes que não reste mais sol pra gente – disse Carla num tom mandão enquanto elas davam risada.
No outro quarto ...

Assim que Pedro chega no quarto, Tomás não perde e dispara
- Nossa, já voltou? Foi rápido com a namoradinha, ein garanhão?
- Ela não é minha namorada, palhaço ! – disse Pedro
- Não? É o que então? Ficante? – disse Diego interessado
- Não, a gente não tem nada, até porque a gente é amigo. O Tomás é que tem uma namoradinha patricinha, isso sim.
- Tá louco, meu filho? Eu e Alice não temos nada ! Eu não namoro nunca. Não sou do tipo que se amarra fácil. Mas se tu tá afim dela, pode ir fundo ... – disse Tomás com um sorriso malicioso, ma Pedro o cortou.
Já na piscina ...
- Porque eles estão demorando tanto? – perguntou Alice passando o protetor solar
- Sei lá, mas o Diego demora um ano pra se arrumar – disse Carla sorrindo
- Também mauricinho do jeito que o seu namorado é, deve passar até talquinho no bubum – disse Roberta indiferente
- Ele não é meu namorado, Roberta. – disse Carla
- Sabe o que eu acho, Carlinha? Que a Roberta gosta do jeito do Diego e ... – começou a dizer Alice mas Roberta a cortou
- Cala a sua boca sua patricinha! Eu não gosto de ninguém e não vou gostar nunca mais entendeu? NUNCA! – disse Roberta furiosa antes de dar um mergulho na piscina e ficar lá em baixo uns 5 minutos.
- O que foi isso? – disse Alice assustada pra Carla.
- Isso, foi você e sua boca grande. Dá um tempo pra ela, com o tempo ela vai se abrir. – disse Carla enquanto os meninos se aproximavam e Pedro dizia
- O que aconteceu com ela? – disse Pedro depois de vez Roberta mergulhar e só voltar pra superfície pra respirar um pouco e voltar pra baixo da água.
- A Alice falou mais do que deveria e ela ficou assim. – disse Carla triste pela amiga.
- Falou sobre o que? – disse Pedro preocupado
- Sobre gostar de um garoto e ela ficou brava – disse Carla preocupada
- Que ótimo, tudo que ela precisava era mesmo de uma patricinha que fala merda – disse Pedro furioso pra Alice mergulhando até Roberta.
- Ele gosta de bancar o herói sempre? – disse Alice chateada
- Sempre que pode – disse Diego emburrado olhando Pedro e Roberta conversarem
- Que clima vocês, ein? – disse Tomás olhando pra Carla que agora estava de biquíni – Aqui todo mundo é amigo. Viemos nos divertir. Fala sério!
- Concordo plenamente – disse Carla envergonhada com o olhar de Tomás sobre ela, enquanto Roberta e Pedro voltavam deixando hipnotizados Diego e Alice respectivamente com seus corpos definidos
- Olha, Alice não é nada pessoal, mas esse tipo de assunto é complicado pra mim. Então só não fala mais disso, ok? Vamos tentar pelo menos ser amigas. – disse Roberta enquanto botava o roupão e tirando Diego do transe
- Tá, tudo bem. Eu não devia ter dito aquilo, desculpa. Acho que podemos tentar. – disse Alice amistosa
- Eu disse tentar! Não prometo muita coisa. – disse Roberta sorrindo
- Ok ! –disse Alice sorrindo também.
A tarde passou agradável, eles brincaram riram e se divertiram como se fossem velhos amigos, claro que de vez em quando tinha algumas alfinetadas de Roberta e Alice, Pedro e Diego, Pedro e Alice, Roberta e Diego, até Tomás e Carla tinham briguinhas, mas nada que abalasse o começo de amizade deles. Quando já estava escuro todos estavam na sala, Roberta em um canto lendo livro, Alice no outro pintando as unhas, Carla vendo televisão e os meninos jogando totó, quando o jogo deles terminou Pedro disse que ia falar com Alice e pedir desculpas pela grosseria de cedo, Tomás falou que ia ver TV com Carla e Diego teve a primeira oportunidade de falar com Roberta sem o Pedro de guarda costas.

Em um canto ...

- Err... Alice, acho que te devo desculpas, fui muito grosso com você e não se trata uma dama assim. – disse Pedro arrependido
- E você resolveu que ia pedir desculpas agora? E de que adianta? – disse Alice prestando atenção nas unhas
- Adianta que pelo menos eu fui educado, já você ...
- Olha aqui garoto – disse Alice olhando pra ele – Não me chama de mal educada, sou muito bem educada e rica e sei me vestir. E quer saber você é um mal vestido.
- Você que é uma patricinha mimada! – disse Pedro ficando com raiva
- E você um grosso mal vestido e metido a herói – disse Alice brava
- Quer saber? Desisto de conversar com você – disse Pedro saindo com raiva pro quarto.

No outro canto ...
- Roberta, porque você me tratou mal hoje na frente do pessoal? – disse Diego
- Não te tratei mal, só não gosto de mauricinhos bonitinhos e engomadinhos que se acham – disse Roberta sem tirar os olhos do livro
- Você me acha bonitinho? – disse ele no ouvido dela arrepiando sua espinha e olhou pra ele e disse
- Acho, bonitinho como todos falam é um feio arrumadinho.Perfeito pra você. – disse ela sorrindo.
- Porque você é tão brava? – disse ele a olhando tão fixamente que já estava a incomodando
- E o que isso te interessa? – disse ela olhando nos olhos dele
- É que seus olhos tem um brilho, são os olhos mais bonitos que já vi e os mais difíceis de desvendar o que se passa por eles. – disse olhando ela encantadoramente, ela via sinceridade em seus olhos, mas não se deixaria levar mais uma vez, para ela Roberta Messi só cometia um erro uma vez.
- Boa tentativa. Mas essa jogadinha não cola comigo – disse ela levanta fecha o livro e vai pro seu quarto.

Perto da TV ...
- Porque você tem tanto medo de compromisso ?
- Sei lá, só acho que sou muito novo pra me amarrar a alguém. A gente tem muito pra viver ainda. – disse Tomás olhando pra Carla
- Eu acho que isso é medo, medo de se apaixonar e gostar de uma pessoa mais do que você gosta de si mesmo. E quer saber isso é inútil. – disse ela sem tirar os olhos da TV
- Porque você acha isso? – disse Tomás interessado.
- Porque um dia todo mundo vai se apaixonar você pode até evitar, fingir que não é com você, que o sentimento vai estar ali, e vai doer, porque você não esta com a pessoa amada.
- Eu to com sono, acho melhor eu ir domir, boa noite. – disse Tomás saindo rapidamente
- Se fugiu é porque a carapuça serve – disse Carla pra si mesma.


Eu quero te amar


Dois – A revolta

“A revolta era apenas uma fuga, pelo medo do que aconteceria pela frente.”

“Porque ela não me entende?” Era o que mais pensava Roberta de sua mãe “Ela só pensa nela.” Decidiu que daquele dia em diante só usaria preto para mostrar seu luto com a vida. Para Roberta aquele colégio iria ser uma prisão, mas a vida pode surpreender às vezes, mas dessa vez a surpresa era boa, naquela prisão ela encontrara Pedro, seu amigo de colégio que não via há anos. Assim que o viu foi correndo o abraçar.

- Pedro ! Como você veio parar aqui? Você sabia que eu precisaria de você ?


- Ro, mamãe me mandou vir estudar aqui, ela disse que eu to muito revoltado e esse colégio ia me ajudar. Fala sério! Vou ser expulso daqui em dois dias.. Mas e você, o que manda, porque tá assim? – olhando ela dos pés a cabeça

- Nossa, foi aquele idiota. Me enganou, me traiu, mas nem quero falar sobre isso. – disse Roberta com meio sorriso

- Eu sabia ! Eu avisei a ele, eu vou matar esse idiota ! – disse Pedro esmurrando a parede e se virando pra sair
- Sério, Pedro não vale a pena. E sem falar que preciso de você aqui comigo. Me ajuda a achar meu quarto?

- Claro, mas vou logo falando esse lugar é cheio de patricinhas e mauricinhos, prepare-se. Divido o meu quarto com um palhaço e um mauricinho de carteirinha.

- Nossa, já esperava por isso, mas vai ser divertido atazanar patricinha chata. – disse sorrindo maquiavelicamente

- Essa é a Roberta que eu conheço. – disse Pedro sorrindo

Eles andaram um pouco até que acharam um quarto escrito

Alice Albuquerque
Carla Ferrer
Roberta Messi
- Achou. Coloca suas coisas ai, e depois vai lá pra sala, pra gente conversar, ok?
- Tudo bem. – disse dando um beijo na bochecha dele e abrindo a porta
Ao entrar no quarto, viu o seu maior problema.
- Oi, deve ser Roberta Messi. – disse a loira olhando ela assustada – Eu sou Alice Albuquerque – disse a loira com cara de patricinha – e essa é a Carla Ferrer – disse apontando pra morena com cara de atleta – E sua mãe não é a Eva Messi?
- Preferia que não fosse. – disse jogando minhas coisas na cama
- Bem, ela não deve gostar muito de você. Pra comprar essas roupinhas – disse a olhando com cara de nojo.
- Eu gosto das minhas roupas, não vejo nada de errado nelas.
- Ok, se você quer se vestir que nem uma mendiga...
- O que é garota? – disse Roberta a olhando com cara de poucos amigos
- Gente, não vamos brigar. Vamos tentar sermos amigas, por enquanto. Todos nós temos nossas diferenças, mas vamos dividir o quarto pelo ano inteiro. – disse a Carla amistosa
- Por mim tudo bem – disse Roberta – desde que ela não se meta com as minhas roupas ... - Carla olha pra Alice com uma expressão suplicante
- Tudo bem eu não falo nada. – disse Alice
- Tudo bem, vou sair. – disse Roberta.
- Vai aonde? – perguntou Carla
- Vou encontrar com um amigo meu que estuda aqui lá na sala, querem ir? – perguntei
- Claro – respondeu Carla
- Pode ser – disse Alice
Elas foram para sala, mas não estava só Pedro na sala, mas também mais dois meninos que dividiam o quarto com ele. Logo que chegaram Roberta avistou Pedro e foi falar com ele. Alice avistou Tomás e foi dando um abraço nele e Carla viu Diego e deu um sorriso e foi falar com ele, mas ao perceberem que estavam todos ali, se apresentaram.
- Meninas, esse é o Pedro, Pedro essas são Carla – disse Roberta apontando pra morena - e Alice – disse apontando para loira, assim que seus olhares se cruzaram foi antipatia a primeira vista. Ela não gostou da sua roupa e ele do que ela o fazia sentir.
- Bem, esse é o Tomás. Tomás essas são Roberta – disse apontando para a loira – e Carla disse apontando pra morena. – Carla não gostou nem um pouco do jeitão pegador dele e ele por sua vez, não gostou da menina não ter dado bola a ele.
- E esse é o Diego. Diego essa é Alice – disse apontando pra loira de cabelos lisos – E Roberta - disse apontando pra loira de cabelos cacheados. Ele não gostou do jeito marrento daquela garota de olhos tão bonitos. Ela por sua vez não gostou do que sentia quando olhava nos olhos dele.
- Feitas as apresentações, foi um prazer conhecer todos vocês – disse Pedro olhando pra Alice e quase dizendo ‘menos você’- Mas, acho que precisamos conversar, não é Roberta? – disse Pedro
- É verdade, a gente se vê mais tarde meninas – disse Roberta se retirando
Será mesmo que eles sentiram antipatia um pelo outro? Ou tem um algo a mais por ai?



Eu quero te amar

Um – Aprendendo com a dor

“É verdade que todos um dia irão te fazer sofrer, mas cabe a você decidir por quem realmente vale à pena chorar.”

- Roberta, a menina mais forte do mundo. – dizia Eva enquanto consolava a filha que chorava muito em seu colo – Querida, você não é de ferro. Por trás de todo esse gênio, você é uma menina como qualquer outra, não se faça de forte. Todo mundo sofre por amor, meu bem. – nesse instante ela olhou pra mãe levantou e disse

- Pois eu nunca mais vou sofrer. Não vou me apaixonar por ninguém, e se me apaixonar me bato até o sentimento parar. Amar, nunca mais! – ela passou a mão pelo rosto e enxugou as lágrimas – Nunca mais vou derrubar lágrimas por homem algum. 



- Meu bem, o homem certo ainda não apareceu. Quando aparecer, você vai ver que essa dor que você sente agora é apenas um ensinamento de que o que você sentia por esse garoto não era amor.


- Não mãe, essa dor é um ensinamento sim, para nunca mais amar garoto algum, agora tenho que ser imune ao amor. – disse Roberta, e nos olhos dela o único sentimento que restava era o ódio.

- Tudo bem, Roberta. Se um dia você conseguir, juro que te dou um prêmio. Agora vai dormir, esquecer um pouco o que aconteceu. Você precisa descansar. – disse passando a mão pelo cabelo loiro da filha.

- Esquecer não vou mãe. Mas descansar, eu acho que consigo. – disse Roberta deitando na cama e fechando os olhos. É aquela seria uma longa noite.



Roberta não havia conseguido dormir direito aquela noite, havia acordado varias vezes pensando no acontecido. E quando ela pensava que sua vida não podia ficar pior, sua mãe tinha conseguido piorar.

- Roberta, eu pensei bem e tomei uma decisão, você vai mesmo para o elite way, o melhor colégio da cidade. 

- Tudo bem, eu ia pedir pra você pra mudar de colégio mesmo, não ia ser bom voltar das férias e continuar olhando pra aquele traste.

- Mas tem um problema – disse sua mãe nervosa

- Qual?

- Ele é um colégio interno, você só volta para casa nos fins de semana. – disse Eva aflita e com medo da reação da filha

- O QUE? VOCÊ É LOUCA? EU SABIA QUE NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE VOCÊ SE LIVRARIA DE MIM. – disse Roberta nervosa e gritando e com os olhos cheios de lágrimas.



- Filha eu conversei com seu pai, e ele acha que vai ser o melhor pra você, eu concordo e ... – começou a falar Eva, mas Roberta interrompeu.


- DESDE QUANDO ELE SABE O QUE É MELHOR PRA MIM? – disse Roberta furiosa – Quer saber, é melhor mesmo eu ir pra essa bosta de colégio, vai ser melhor do que ficar aqui com você. – disse Roberta cheia de mágoa.

- Então arruma suas coisas porque as aulas começando hoje e eu vou pedir para o motorista te levar. – disse Eva quase chorando

Eva Messi não era uma pessoa má. Ela só era mãe, sabia que faria mal pra ela ficar longe da filha, mas seu coração de mãe dizia que Roberta só conseguiria superar o trauma sofrido nesse colégio.



Autora: Máarh / Marcinhah
Shippers: Principal - Roberta & Diego Secundários – Alice & Pedro e Tomás & Carla
Censura: Cada um sabe o que lê .
Sinopse:
A dor, era aquilo que ela mais sentia no momento, aquela dor, insuportável que não passava e a corroia por dentro. Ela estava determinada a não sentir mais aquilo. Para ela a dor é um ensinamento pra nunca mais amar alguém como amava ele. Nunca mais ela se apaixonaria, porque amar é sinônimo de sofrer. Será mesmo que quem ama sofre? Seu pensamento pode mudar ao conhecer Diego. Mas para amar é preciso querer. Ela só precisa dizer quatro palavrinhas “Eu quero te amar”.

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